7 fev
2012

Nossa relação com a mediunidade…

Não anda muito boa, como desde sempre… Continuamos idolatrando médiuns, principalmente os chamados médiuns de cura. Ainda buscamos respostas para o nosso problema pessoal X e a nossa dúvida Y na via mediúnica, o que um pouco de reflexão e a leitura edificante poderiam resolver. Mistificamos salas, mesas, objetos, reuniões, como se não houvesse Espíritos por toda a parte e todo lugar não fosse criação do Pai celestial.

Nós valorizamos ainda o livro psicografado, mesmo que nele esteja um sem-número de inconsistências; mas relegamos a segundo plano obras de encarnados fruto de longas reflexões. Confundimos as orientações mediúnicas com a vida administrativa da casa espírita; gostamos da foto daquele mentor, ilustrando as dependências da casa espírita e, ainda, fazemos filas para assistir ao maravilhoso fenômeno, como curiosos da era vitoriana.

Os Espíritos são os homens desencarnados, amigos e inimigos de ontem que se alternam conosco nas lutas da matéria. Isso Kardec já asseverava com propriedade… A mediunidade é via bendita de trabalho, na reunião mediúnica de atendimento a Espíritos sofredores, no consolo a mães aflitas, nas mensagens de esclarecimento e reflexão, como bem exemplificou na conduta mediúnica Francisco Cândido Xavier, que, apesar de suas faculdades, se mantinha a par de personalismos, na valorosa mediunidade com Jesus.

A mediunidade não é um superpoder de um herói de filme e nem uma tenda de milagres. É uma possibilidade que, se não for bem conduzida, pode enveredar para caminhos perigosos. Entretanto, o médium é ser humano, falível, com necessidades e anseios. Os Espíritos, também, homens de outras eras, estão conosco nesta caminhada evolutiva no orbe terrestre.

Por isso, insta analisarmos a nossa relação com a mediunidade, a nossa e a dos outros. O que queremos dela? O que pensamos disso? Precisamos estudar, não só os aspectos práticos e científicos da questão mediúnica, mas o seu aspecto filosófico, para não nos tornarmos vítimas de armadilhas e de ilusões.

Somente assim poderemos enxergar a mediunidade com a naturalidade que lhe é própria, ainda que requeira cuidados e preparo, como qualquer potencialidade do ser humano.

[Artigo de nosso amigo leitor e colaborador Marcus Braga, Brasília – DF [Brasil]]

O leitor encontra este artigo > http://www.oconsolador.com.br/ano5/209/marcus_braga.html

2 Comentários

  • Deixo sugestão de pequeno artigo, diria, complementar.

    O Espiritismo não veio para curar corpos materiais

    http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2012/02/o-espiritismo-nao-veio-para-curar.html

    Santos

  • Nossa, direto, simples, falou tudo, muitos deveriam ouvir estas palavras, algumas e algumas vezes, espiritismo não é brincadeira, é coisa séria, e lembramos das sábias palavras de Chico, “A SAUDADE É UMA DOR QUE FERE NOS DOIS MUNDOS”, e podem ter certeza que o lado de lá, sofre mais, pois eles não conseguem mais suprimir e esconder seus sentimentos, como nós seres humanos encarnados ainda conseguimos, um abraço enorme e parabéns pela matéria =)

Deixe seu comentário para Wilson Sucatelli