21 ago
2009

Categoria: Moral Espírita, Notícias
Por Visão Espírita    3 Comentários

Aspectos da Religião Espírita

Amigo [a] leitor [a], é importante ler e estudar [se possível em grupo] as obras de Allan Kardec para que se possa esclarecer, orientar e compreender nossa estadia neste planeta.
Ainda estamos engatinhando para a eclosão de uma vida mais completa em harmonia com o Criador, nos preparando para fazer as escolhas mais acertadas.

Vejamos alguns pontos.

Conforme coloca Kardec no discurso de abertura da sessão anual comemorativa dos mortos, na Sociedade Espírita de Paris, dia 1º de novembro de 1868 (Revista Espírita, dezembro, 1868), são estes os princípios fundamentais da Religião Espírita:
1. Crer num Deus todo poderoso, soberanamente justo e bom;
2. Crer na alma e em sua imortalidade;
3. Crer na preexistência da alma como única justificação do presente;
4. Crer na pluralidade das existências como meio de expiação, reparação, adiantamento moral e felicidade crescente com a perfeição;
5. Crer na equitável remuneração intelectual;
6. Crer na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos;
7. Crer na consequência do bem e do mal, conforme o princípio: a cada um segundo as suas obras;
8. Crer na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura;
9. Crer na duração da expiação limitada pela imperfeição;
10. Crer no livre arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal;
11. Crer na continuidade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, seja pelo pensamento, seja pelo sentimento, encarnados e desencarnados;
12. Considerar a existência terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterna;
13. Aceitar corajosamente as provações, em vista do futuro mais invejável que o presente;
14. Praticar a caridade em pensamentos, palavras e obras na mais larga acepção da palavra;
15. Esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando alguma imperfeição de sua alma;
16. Submeter todas as crenças ao controle do livre exame e da razão e nada aceitar pela fé cega;
17. Respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém;
18. Ver, enfim, nas descobertas da ciência, a revelação das leis da natureza, que são as leis de Deus.
Eis em que consiste o Credo, a religião do Espiritismo – afirma Kardec –, religião que se pode conciliar com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus.
Esse o laço – acentua o Codificador – que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que una também todos os homens, um dia, sob a bandeira da fraternidade universal.
Na prática religiosa do Espiritismo não há rituais, ou seja, cultos exteriores, nem profissionalismo religioso.
O Espiritismo – enfatiza Kardec – dá aos homens tudo o que é preciso para a felicidade aqui na Terra, porque lhes ensina a se contentarem com o que têm. Que os espíritas sejam, pois, os primeiros a aproveitar os benefícios que ele traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplenderá nas gerações futuras.
A Doutrina Espírita possui tríplice aspecto: o filosófico, que explica os porquês no nosso pensar; o científico, que nos faculta observar e comprovar; e o religioso, para o qual os dois anteriores convergem, e que faz pulsar o nosso sentir.
À luz da fé espírita, raciocinada, compreendemos e sentimos que Deus nos ama e cumpre-nos amá-Lo, tanto por ser nosso Pai Maior, quanto pelas Leis que criou e que nos guiam na direção de um futuro melhor e mais feliz.