10 ago
2014

Relações Familiares

familiaDificilmente encontraremos numa família o equilíbrio perfeito, a harmonia e a paz que todos desejam, mas que nem sempre são vivenciados.
Os problemas são diversos e na maioria das vezes, muito complexos, quando não, causam perplexidade. Quantos não se indagam com frequência: O que fiz de errado, ou onde foi que errei?
As incompatibilidades surgem, como doenças inevitáveis; quando não, já desde o início do núcleo familiar, percebe-se a intolerância sorrateiramente se instalando por parte de alguns, as implicâncias, os desafetos…E aí pensamos novamente: Porque? Tenho minha consciência tranquila…faço tudo o que posso, dedico-me com afinco em todas as situações e nunca consigo o olhar afetuoso, de amor, por parte desse ou daquele integrante. Piora ainda mais, quando essas animosidades partem de pais para com seus filhos ou vice-versa.
E aí podemos dizer que somente a compreensão do processo evolucional e a reencarnação serão capazes de amenizar as dores que advêm desses relacionamentos conflituosos, que têm suas raízes em outras existências, em experiências mal aproveitadas e que agora clamam pela retificação.
Desse modo, torna-se imperioso que a criatura, apesar das rajadas aparentemente destruidoras do destino, permaneça de pé, desassombradamente, marchando, firme, ao encontro dos sagrados objetivos da vida, pois a fortaleza espiritual se opera ao sabermos que tudo um dia terá um outro desfecho e que os inimigos que hoje compartilham o reduto familiar, serão os companheiros celestes do futuro.
Não somos fantasmas de penas eternas e sim herdeiros da Glória Celestial, não obstante nossas antigas imperfeições. No campo espiritual do amor, não será possível colher sem semear a compreensão, sem expandir a fé, pelo conhecimento das coisas do espírito, que nos ensina que a vida futura nos reserva dias de paz, de amor, que por ora, ainda somos carecedores.
A provação complicada é consequência do erro, assim como a perturbação é o fruto do esquecimento do dever.
É forçoso reconhecer, também, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante de suas obrigações.
Emmanuel nos orienta em seu livro “Vinha de Luz”, que: “Todos nós guardamos a dívida geral de amor uns para com os outros, mas esse amor e esse débito se subdividem, através de inúmeras manifestações. A cada ser, a cada coisa, paisagem, circunstância e situação, devemos algo de amor em expressão diferente…O homem comum, todavia, gravitando em torno do próprio “eu”, em clima de egoísmo feroz, cerra os olhos às necessidades dos outros. Esquece-se de que respira no oxigênio do mundo, que se alimenta do mundo e dele recebe o material imprescindível ao aperfeiçoamento e redenção.
Assim, concluindo, muitos sabem receber, raros sabem dar.
Desse modo, trazemos palavras belíssimas de Paulo de Tarso: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e na admoestação do Senhor” e aos filhos a seguinte advertência: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais, no Senhor, porque isto é justo”.
Tanto quanto seja possível, nas amarguras e nas provações dolorosas, saibamos nos ajudar mutuamente, certos de que ninguém é absolutamente vítima, tampouco absolutamente algoz. Pelo contrário, como bem colocado por Emmanuel somos credores e devedores, uns dos outros.
Martha T. Capelotto

3 Comentários

  • òtima mensagem, adorei e irei repassar a outros amigos
    abraços fraternos

  • Adorei o texto…..elucidativo pra
    tantas perguntas que temos com
    relação a desafetos dentro
    da própria família que não encontramos
    explicação .
    Parabéns!

  • Ana Keylla

    Gostei muito da mensagem que você me enviou.
    Espero receber outras com frequência. São explicações que
    iluminam a nossa mente.
    Um grande abraço!

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