O Direito à Diferença
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Carlos Brickmann escreveu que “Francisco falou de religião enquanto as autoridades tentavam conquistar eleitores. Mas, principalmente, ganhou o país por outro fator positivo: a tolerância. Enquanto fundamentalistas partiram para a grosseria e a intolerância (…) o papa tomou cafezinho com um pastor evangélico, conversou com dirigentes de várias religiões, monoteístas ou não, e admitiu que muitos católicos se afastaram da Igreja, porque ela não lhes dava assistência espiritual.
Há anos, é grande amigo de um rabino e com ele escreveu um livro sobre tolerância, convivência entre pessoas com crenças diferentes. O papa mostrou que discordar de um comportamento não significa discriminar pessoas. O Brasil preferiu a tolerância ao rancor.”(1)
Permitam-me revisitar a Carta Náutica do Núcleo Espírita Universitário publicada, na década anterior, na Revista Internacional de Espiritismo (2): nessa questão do aperfeiçoamento da prática sócio-afetiva enfatizamos que: Modelo e Guia, Jesus. “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”. É a lição de que o progresso do conhecimento é estimulado pelo regime de diálogo franco e aberto. É convite à fraternidade, ao amor em ação, na aceitação da diversidade e no relacionamento pacífico entre os diferentes.
Tornando relativo o conhecimento humano, de modo geral, e, em particular, o das coisas espirituais, a lição nos faz suspeitar que a coexistência pacífica, proporcionada pela fraternidade autêntica, é o ambiente, favorável à produção intelectual e à tolerância das nossas diferenças, que podem ser exibidas sem conflitos, inibindo o autoritarismo, o fanatismo, o preconceito e a exclusão. Amai-vos e Instruí-vos indicou que o segundo verbo é adequado, quando apoiado pelo primeiro.
Afinal, em matéria religiosa, para que possamos desenvolver quaisquer convicções é necessário que haja a possibilidade de comunicação com outros e conseqüentemente ter acesso a diferentes pontos de vista. Num Estado de Direito, a liberdade religiosa só tem sentido em condições de reciprocidade e o direito de igualdade pressupõe o direito à diferença (3).
(2) Revista Internacional de Espiritismo, LXXVI (4): 181-182, 2001
http://orebate-jorgehessen.
http://www.recantodasletras.
http://www.espirito.org.br/
(3) http://www.geae.inf.br/pt/
http://www.institutoandreluiz.
“Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem” … esta ai a resposta pois por muito se amarem já faz a Diferença, e a vida é um colegiado de muitas lições e aprendizados. Não há necessidade de discutir o Direito quando o ato de Amor já responde por si mesmo.
Muita paz a todos.
A evolução espiritual de todos nós é lenta e vamos conquistando aos poucos. De todos os mandamentos de Moises,Jesus fechou como um leque resumindo a dois,mas porque dois se o amor é um só e não se divide,pois não se pode amar a Deus sem amar o próximo,e nem amar o próximo sem amar a Deus.Com isso Jesus queria nos dizer o quanto estamos longe de compreender o que é o verdadeiro amor e estaríamos divididos entre Deus e nossos irmãos,porque muitos ainda só oram e louvam a Deus esquecendo dos seus irmãos. Abraços e muita paz.