Acerca do Espiritismo

Por Elias Barbosa clínico geral e psiquiatra

Para a conclusão da série de mensagens de O Livro dos Médiuns, como vimos nos artigos anteriores, escolhemos, hoje, apenas duas pequenas páginas de Espíritos, quando na Terra, ligados ao Catolicismo, a primeira delas (a XIII), assinada por Pascal (1623-1662), sob o título “Sobre o Espiritismo”, que prazerosamente transcrevemos, em seguida:

“Quando quiserdes receber comunicações dos bons Espíritos, importa vos preparardes para esse favor, pelo recolhimento,  por sadias intenções e pelo dever de fazer o bem, tendo em vista o progresso geral; porque lembrai-vos que o egoísmo é uma causa de atraso a todo adiantamento. Lembrai-vos de que se Deus permite a alguns dentre vós receberem a inspiração dos seus filhos que, pela sua conduta, souberam merecer a felicidade de compreenderem da sua bondade infinita, é porque quer, pela vossa solicitação e em vista das vossas boas intenções, vos dar os meios de avançarem em seu caminho; assim, pois, médiuns, aproveitai essa faculdade que Deus quer vos conceder. Tende fé na mansuetude do vosso Mestre; tende a caridade sempre em prática; não deixeis jamais de exercer essa sublime virtude, assim como a tolerância. Que sempre vossas ações estejam em harmonia com a vossa consciência, é o meio certo de centuplicar vossa felicidade nessa vida passageira, e de vos preparar uma existência mil vezes mais doce ainda.

Que o médium, entre vós, que não sinta força para perseverar no ensinamento espírita, se abstenha; porque não aproveitando a luz que o ilumina, será menos escusável do que um outro, e deverá expiar a sua cegueira.”

A segunda mensagem traz o nome do autor — São Vicente de Paulo (1581-1660):

“A união faz a força; sede unidos para serdes fortes. O Espiritismo germinou, lançou raízes profundas; vai estender sobre a Terra seus ramos benfazejos. É preciso tornar-vos invulneráveis aos lances envenenados da calúnia e da negra falange de Espíritos ignorantes, egoístas e hipócritas. Para aí chegar, que uma indulgência e uma benevolência recíproca presidam às vossas relações; que vossos defeitos passem desapercebidos, que somente as vossas qualidades sejam sempre notadas; que o facho da santa amizade reúna, ilumine e aqueça os vossos corações, e resistireis aos ataques impotentes do mal, como rochedo inabalável à vaga furiosa.”

Então, O que achou?