22 jun
2014

Dilúvio de Livros “Espíritas” Delirantes

Por Jorge Hessen

Como (re) agir diante dos livros antidoutrinários, supostamente “mediúnicos”, que invadem as instituições espíritas, colonizando turbas de ingênuos adeptos? Há pseudomédiuns, sem qualquer compromisso com o Espiritismo, que agem quais livres atiradores, e paradoxalmente “suas obras são vendidas nos Centros Espíritas, porque vendem muito, mas o tempo que se consome lendo seus livros é um desvio do tempo de aprendizagem da Doutrina Espírita.” (1)

Possivelmente seja perda de tempo acercar-nos desse cansativo tema. Todavia, acreditamos que sob o pálio do velho adágio “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, a questão pode ser abordada de forma menos complicada. Antes, porém, reafirmamos tudo o que já registramos muitas vezes na imprensa: os livros insalubres não devem ser comercializados nas livrarias de uma instituição espírita! Nem mesmo em nome da surrada cantilena “liberdade de expressão”. “Não faz nenhum sentido as instituições continuarem comprando essa literatura [infausta]. Deveriam fazer a barreira de obstrução mesmo sem brigar com ninguém, até porque somos espíritas e é urgente saber o que é um livro genuinamente espírita.” (2)
Raul Teixeira explana o seguinte: “quanto mais descomprometido com a Doutrina Espírita é o ‘livrinho’ ou o ‘romancinho’, mais o povo gosta. Somos responsáveis por essa chuva de lodo sobre a nossa literatura espírita que dá lucros exorbitantes. Muitos clubes do livro [com honrosas ressalvas] não respeitam a Doutrina Espírita e normalmente colocam mensalmente um livrinho “baratinho” para cobrar mais caro e terem altos lucros sobre os seus assinantes.” (3)
Atualmente são vendidos a rodo esses destroços literários. “É preciso frear a entrada dessas obras nas instituições. Que os editores vendam onde quiserem, menos no centro espírita. É muito importante os espíritas assumirem posição. Nunca será falta de caridade denunciar o mal. Falta de caridade é nossa omissão ante a disseminação do mal através dos livros. Não podemos entrar na falácia de que o mal é querer o bem.” (4).
Há obstinados gênios das trevas divulgando “pérolas azuis” do tipo “o mundo espiritual é uma cópia do mundo físico e não o contrário”; “a mulher desencarnada sofre fluxos menstruais”; “os Espíritos vão ao banheiro e dão descarga”, “instrutor espiritual conta piadas pornográficas”, “mentor descreve com minúcias as curvas sensuais de jovem desencarnada”, “mentor endossa o aborto de anencéfalos”. É chocante! Nessa invasão “mediúnica” enunciam “que existem relacionamentos sexuais para promoção de ‘reencarnação’ no Além”. Ah!, por falar em reencarnação, tais livros revelam as várias “reencarnações” de Allan Kardec, culminando por encontrar o mestre de Lyon imerso num  corpo (re)nascido em Pedro Leopoldo. Seria patético se não fosse burlesco, ou o avesso?!  Seria cômico se não fosse  trágico.

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Garante tal literatura que “as pretas e pretos velhos, caboclos e correlatos, são entronizados como mentores de instituições espíritas.” Óbvio que as tradições das práticas mediúnicas africanas e ameríndias não padecem de discriminação entre os espíritas estudiosos, nem avaliamos os Espíritos de índios e negros, de todo, involuídos, todavia, ignorantes. Sim! Porque se fossem mais conscientes ou se não fossem ignorantes, não algemariam a mente em atavismos exóticos de personagens do pretérito. Estamos diante de delírio e de extrema fascinação no movimento espírita doutrinário.
Os dirigentes não utilizam de forma criteriosa as barreiras para seleção doutrinária dos livros expostos ao público! Afirma Divaldo Franco que “o pudor em torno do Índex Expurgatorius da Igreja Romana tem levado muitos líderes a uma tolerância conivente [contemporização].”(5) As instituições espíritas [inclusive algumas federativas], “por interesse puramente comercial, vendem quaisquer livros “psicografados”, de autoajuda, de esoterismo, de outras doutrinas, quando deveriam preocupar-se em divulgar as obras do Espiritismo, tendo um critério de lógica.”(6)
Temos observado que sob o lábaro da “liberdade cultural” há os que pugnam pelo não expurgo dos livros antidoutrinários nas prateleiras das nossas bibliotecas espíritas, desde que haja na página inicial dessas obras (avaliadas como lesivas ao programa da Codificação), sumários de análise e sugestão para a leitura de obras com contextos adversos. Interessante esse método, sem dúvida, mas cremos que o ingresso dos espíritas (menos precavidos), deve ser irrestrito tão somente nas bibliotecas que se balizem exclusivamente nas obras doutrinariamente irrefutáveis.
Logicamente, sem obrigação de pelejar com os desfavoráveis a restrições, podemos aceitar a catalogação dos atuais “entulhos-literários” e destiná-los a espaços de leitura apenas freqüentados por espíritas conscienciosos e pesquisadores honestos, capazes de analisar com lucidez os conteúdos das obras. Somos partidários do ideário de “que as instituições espíritas deveriam ter uma comissão para analisar e avaliar a qualidade do livro e divulgá-los ou não, porquanto as pessoas incautas ou desconhecedoras do Espiritismo fascinam-se com ideias verdadeiramente absurdas. (7) Destarte, é importantíssimo “montar a barreira natural do exame [dos livros] consoante recomenda Kardec, até porque não se trata de reconstrução do arrepiante Índex Librorum Prohibitorum..” (8)
Se a biblioteca for acessível a qualquer pessoa, é urgente toda precaução, pois quanto maior nível de ignorância do ledor, importância máxima dará a “segurança” oferecida pela instituição ao livro a que ele tem livre acesso para leitura. Infelizmente, para os calouros e/ou incautos, o que é oferecido pelo centro espírita é interpretado como válido, fidedigno e doutrinariamente correto. Eis aí o “deus-nos-acuda” instalado! Cremos que “mesmo sem atracar com ninguém é imperioso defender o território [instituição espírita], porque quem compra [ou toma emprestada] uma obra de má qualidade no centro, sai declarando que aquela obra é espírita, pois foi adquirida no centro. Se um centro espírita comercializa uma obra de má qualidade é porque esse centro também é de má qualidade.” (9)
Sobre as bibliotecas espíritas, concordamos que as mesmas devem ser locais “intocáveis”. Porém, não há como comparar a liberalidade de uma biblioteca mundana (descompromissada com a Terceira Revelação) com uma biblioteca espírita. Nada mais desigual! Os desígnios são completamente diferentes. A primeira prima por arquivar, conservar e oferecer informações para desenvolvimento da cultura ordinária. A biblioteca espírita, entretanto, deve ser ambiente intocável, e muito mais do que isso, deve ser um templo abençoado para abrigar as obras ajuizadas e consagradas universalmente pelos Benfeitores Espirituais. A primeira propõe aclarar o intelecto, mas a segunda necessita alumiar a mente e potencializar o coração do homem.
Não podemos permitir que as instituições espíritas sejam transformadas em picadeiros, inobstante seja a “comédia o inverso da tragédia”(10), porém, na retaguarda do malfeitor campeia o bufão (protagonista do circo), e “os falsos devotos têm por acólitos seres ineptos, que só agem por imitação: à maneira dos espelhos, refletem a fisionomia de seus vizinhos. Tomam-se a sério, enganam-se a si próprios; a timidez os faz zombar daquilo em que não acreditam, exaltam o que duvidam, comungam com ostentação e acendem às escondidas pequenas velas, às quais atribuem muito mais virtude do que a transformação moral.”(11)
Os espíritas desleais são os verdadeiros descrentes da equidade, da esperança, da Natureza e de Deus; recusam o bom senso e afiançam o fanatismo. A desencarnação, porém, os arrastará encharcados de águas de cheiro e cobertos de ouropéis, que hoje os disfarçam entre os homens.
Pelo exposto, é inadmissível ficarmos temerosos de sermos classificados de anacrônicos, conservadores ou até mesmo clericais. Depende de todos nós melhorar a qualidade das práticas doutrinárias e cada qual deve fazer a sua parte. É importante sermos inexoráveis para blindar ininterruptamente a Doutrina Espírita contra os títeres das trevas (conhecidos como falsos profetas da atualidade), que tapeiam quais concessionários das Trevas. Contra eles devemos nos insurgir, a fim de expor o Espiritismo como Doutrina ajuizada, sublime e incorruptível.

O leitor encontra este artigo http://aluznamente.com.br/diluvio-de-livros-espiritas-delirantes/#!prettyPhoto

Referências:
(1)    Divaldo P. Franco, http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2013/02/opiniao-do-divaldo-franco-sobre.html , acessado em 24/02/2013
(2)    Raul Teixeira  http://tanialeimig-espiritismo.blogspot.com.br/search?updated-min=2013-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2014-01-01T00:00:00-08:00&max-results=4 , acessado em 23/02/2013
(3)    idem
(4)    idem
(5)    Divaldo P. Franco, http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2013/02/opiniao-do-divaldo-franco-sobre.html , acessado em 24/02/2013
(6)    idem
(7)    idem
(8)    Raul Teixeira  http://tanialeimig-espiritismo.blogspot.com.br/search?updated-min=2013-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2014-01-01T00:00:00-08:00&max-results=4 , acessado em 23/02/2013
(9)    idem
(10)    Kardec, Allan. Revista Espirita/outubro de 1863 , mensagem ditada pelo Espírito Delphine de Girardin, disponível em   http://www.sistemas.febnet.org.br/site/indiceGeralDeRevistas/verArtigo.php?CodArtigo=575&Palavra=B%EDblia , acessado em 25/02/2013
(11)    idem

3 Comentários

  • Esse texto é muito bom e importante, concordo com tudo, a maioria dos espiritas perderam a capacidade de racionalizar o Espiritismo, com a questão do não julgar, criticar é faltar com a caridade, criamos um terreno amplo para as mistificações.

    As artimanhas dos espíritos mistificadores.

    Muitos espíritos mistificadores e embusteiros usam uma linguagem melosa e doce para seduzir e enganar as pessoas, eles usam a Caridade e a humildade como tática para evitar a critica esclarecedora, eles falam que criticar é faltar com a caridade.
    Dessa forma as pessoas ficam passivas e omissas diante das artimanhas dos espíritos mistificadores, ninguém pode questionar, ninguém pode raciocinar e nem criticar, temos que aceitar tudo passivamente em nome da santa caridade.
    É isso que esses espíritos embusteiros e maliciosos querem, levar as pessoas para o campo das omissões.
    Pela critica justa, racional e honesta podemos desmascarar os falsos profetas da erraticidade, os maus espíritos não suportam o exame racional dos seus ensinamentos e mensagens, eles querem ser acreditados sem questionamentos.
    Usam a tática da Caridade e da humildade para evitar que as pessoas que estudam o Espiritismo de forma racional e profunda não questionem eles.
    Os mistificadores inteligentes usam essa tática da caridade muitas vezes.
    Eles falam não julgue para não ser julgado, criticar é faltar com a caridade, temos que ser humildes, dessa forma as pessoas perdem a sua capacidade de analisar, questionar e raciocinar, por que , criticar e analisar é ser intolerante, e dessa forma o campo fica livre para as mistificações e embustes.
    Quem cala consente.
    Perguntamos, devemos ficar calados diante das mistificações?????
    Perguntamos, espíritos de luz pedem velas, charutos, cigarros, cachaça, despachos, nossa eu não posso questionar isso, é faltar com a caridade, eu não posso julgar eu tenho que ser humilde e tolerar.
    Vamos ver que o campo ficou livre para os espíritos embusteiros e maliciosos.
    Deu para entender.

    Vejamos uma observação do Mestre Kardec que se encontra na obra O Livro dos Médiuns.

    SUBMETENDO-SE TODAS AS COMUNICAÇÕES A RIGOROSO EXAME, SONDANDO E ANALISANDO SUAS IDÉIAS E EXPRESSÕES, COMO SE FAZ AO JULGAR UMA OBRA LITERÁRIA – E REJEITANDO SEM HESITAÇÃO TUDO O QUE FOR CONTRÁRIO À LÓGICA E AO BOM SENSO, tudo o que desmente o caráter do Espírito que se pensa estar manifestando, — consegue-se desencorajar os Espíritos mistificadores que acabam por se afastar, desde que se convençam de que não podem nos enganar.

    REPETIMOS QUE ESTE É O ÚNICO MEIO, MAS É INFALÍVEL PORQUE NÃO EXISTE COMUNICAÇÃO MÁ QUE RESISTA A UMA CRÍTICA RIGOROSA. Os Espíritos bons jamais se ofendem, pois eles mesmos nos aconselham a proceder assim e nada têm a temer do exame. Somente os maus se melindram e procuram dissuadir-nos, porque têm tudo a perder. E por essa mesma atitude provam o que são.

    Como explica Kardec temos que usar a Critica para analisar as comunicações dos espíritos desencarnados.
    Tudo tem que ser analisado pelo Crivo severo da Razão e da lógica, qualquer ofensa a razão, a lógica e a moral elevada, deve ser rigorosamente rejeitado.
    A fé no Espiritismo tem que ser Raciocinada e não cega.

    Eis o conselho dado por São Luís a respeito:
    “POR MAIS LEGÍTIMA CONFIANÇA QUE VOS INSPIREM OS ESPÍRITOS DIRIGENTES DOS VOSSOS TRABALHOS, HÁ UMA RECOMENDAÇÃO QUE NUNCA SERIA DEMAIS REPETIR E QUE DEVEIS TER SEMPRE EM MENTE AOS VOS ENTREGAR AOS ESTUDOS: A DE PENSAR E ANALISAR, SUBMETENDO AO MAIS RIGOROSO CONTROLE DA RAZÃO TODAS AS COMUNICAÇÕES QUE RECEBERDES; A DE NÃO NEGLIGENCIAR, DESDE QUE ALGO VOS PAREÇA SUSPEITO, DUVIDOSO OU OBSCURO, DE PEDIR AS EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS PARA FORMAR A VOSSA OPINIÃO”.

    Passando as coisas que esses espíritos de caboclos, exu, pomba gira, ogum, preto velhos, falam e pedem, pelo Crivo severo da razão e da lógica, vamos concluir que são espíritos apegados a matéria.
    Vejamos outra recomendação do Mestre Allan Kardec.
    OS BONS ESPÍRITOS NÃO ACONSELHAM JAMAIS SENÃO COISAS PERFEITAMENTE RACIONAIS; TODA RECOMENDAÇÃO QUE SE AFASTASSE DA DIREITA LINHA DO BOM SENSO E DAS LEIS IMUTÁVEIS DA NATUREZA ACUSA UM ESPÍRITO LIMITADO E AINDA SOB A INFLUÊNCIA DE PRECONCEITOS TERRESTRES, E, POR CONSEGUINTE, POUCO DIGNO DE CONFIANÇA.

    Perguntamos é RACIONAL um espírito de Luz pedir charutos, cigarros, farofa, cachaça, despachos e sacrifícios de animais?????
    Gostaria de uma resposta???

    J. Herculano Pires fala sobre a critica.

    SEM CRÍTICA NÃO HÁ CORREÇÃO DE ERROS, não há renovação de conceitos nem abertura de perspectivas para a evolução.
    Pode o espírita desprezar e condenar a crítica?

    SE O PODE, COMO JULGAR A LEGITIMIDADE OU NÃO DAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS, COMO PODERÁ PASSAR AS MENSAGENS PELO CRIVO DA RAZÃO, SEGUNDO A RECOMENDAÇÃO DE KARDEC, como enfrentará as mistificações que hoje, mais do que nunca brotam e se propagam como tiririca no meio da seara?
    Como apreciará o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado?

    QUEM RENUNCIA A JULGAR (E, PORTANTO A CRITICAR) ESTÁ CONDENADO A VIVER NO ERRO E A AJUDAR A DIVULGAÇÃO DA MENTIRA CONTRA A VERDADE. (…) Quando critiquei uma teoria esdrúxula que apareceu em São Paulo, sob a responsabilidade de um companheiro culto, muitos espíritas se escandalizaram. Mas hoje muitos dos escandalizados me dão a mão à palmatória. A falsa teoria não conseguiu manter-se em pé. A crítica serviu para abrir os olhos a muitas pessoas de boa vontade, mas desprovidas de senso crítico, que estavam se deixando fascinar pela novidade.”

    Herculano Pires.

    Vou realçar essa observação do Grande Herculano Pires.
    QUEM RENUNCIA A JULGAR (E, PORTANTO A CRITICAR) ESTÁ CONDENADO A VIVER NO ERRO E A AJUDAR A DIVULGAÇÃO DA MENTIRA CONTRA A VERDADE.

    SEM CRÍTICA NÃO HÁ CORREÇÃO DE ERROS, NÃO HÁ RENOVAÇÃO DE CONCEITOS NEM ABERTURA DE PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO.

    Perguntamos Herculano Pires é preconceituoso e intolerante????
    Herculano Pires esta errado nessa observação?????

    Em nome da Caridade e da humildade devemos aceitar tudo sem exame???
    Pense nisso meu amigo.

    É isso que os espíritos mistificadores querem anular o pensamento criticistas das pessoas, não podemos analisar, nem julgar, nem criticar, nem censurar, nem questionar, ficamos presos ao conceito da Caridade, do não julgar e da tolerância.
    Isso é terrível, o campo fica livre para os espíritos embusteiros, hipócritas, maliciosos agirem.
    Quem cala consente.

    A umbanda para muitos espíritas é algo intocável, ninguém pode analisar nada que é tachado de intolerante, radical e ignorante, eu vejo muitos erros na umbanda e nos seus guias mistificadores.
    Vou deixar uma observação muito importante de Raul Teixeira.

    Texto de Raul Teixeira.

    1)Por que no Brasil se confunde Espiritismo com cultos africanistas, com terreiros e coisas assim?

    Raul Teixeira responde: Isso se deve ao fato de termos um grande contingente de pessoas que desconhecem o que seja o Espiritismo e que não se interessam, nem desejam saber o que realmente ele é. MUITOS ESPALHAM INFORMAÇÕES SOBRE O ESPIRITISMO DE ACORDO COM O QUE SUPÕEM QUE SEJA, DEMONSTRANDO GRANDE DOSE DE LEVIANDADE OU DE MÁ INTENÇÃO. Ainda que o Espiritismo e, por sua vez, os espíritas, não tenham nada contra as práticas e crenças africanistas, é importante que cada coisa esteja no seu lugar, facilitando até a busca e o enquadramento das criaturas que estão procurando novas propostas de vida. Somente por meio das leituras sérias e dos estudos metódicos se conseguirá desfazer a confusão que gera tantos mal entendidos entre os espiritualistas.

    Nós espíritas pensamos o seguinte: ESPÍRITOS QUE PEDEM CHARUTO, BEBIDAS ALCOÓLICAS, COMIDA, SANGUE DE UM IRMÃO INFERIOR (ANIMAL) OU MESMO HUMANO, QUE PARTICIPAM DE TRABALHOS DE VINGANÇA OU OUTRA MALDADE QUALQUER, PRECISAM DE ESCLARECIMENTO CRISTÃO. ELES AINDA ESTÃO APEGADOS À COISAS MATERIAIS E SENTIMENTOS INFERIORES. Seria incoerente falarmos de Jesus e nos propor fazer maldade seja lá a quem for. Como podemos pedir ajuda a quem precisa de ajuda? Se Espíritos resolvessem problemas, Chico Xavier, que foi muito mais merecedor que muitos de nós, não teria sofrido com doenças e problemas. Já que vivia em contato direto com eles. Então, sigamos o conselho do apóstolo Paulo:”Não creiais em todos os espíritos, mas examinai se eles são de Deus.” (João 4:1). Paulo sabia que todos os Espíritos são de Deus, mas o propósito de alguns não são divino. Por isso, precisamos ter cuidado para não nos confundirmos, não nos aliarmos, não incentivarmos, não nos comprometermos com a lei divina. O Espiritismo é uma doutrina sem sacerdotes, sem dogmas, sem rituais, não adota em suas reuniões e em suas práticas qualquer tipo de paramentos ou vestes especiais (as vestes brancas devem ser as que nos cobrem o espírito e o nosso perispírito); não utilizamos sal grosso, plantas, amuletos, etc. (porque o nosso coração é nosso escudo, quando nele mora o amor); não adotamos cálice com vinho ou bebidas alcoólica (os espíritas não devem alimentar o vício do álcool nem do fumo, porque precisamos estar lúcidos para apreciar a beleza da vida); não utilizamos incenso, mirra, velas (porque são coisas materiais e nós usamos a prece para nos sustentar o espírito); não temos altares, imagens, andores, procissões, pagamento pelos trabalhos espirituais, talismãs, sacrifício animal, santinhos, administração de indulgências, confecção de horóscopos, exercício da cartomancia, quiromancia, astrologia, numerologia, cromoterapia, pagamento de promessas, despachos, riscos de cruzes e pontos, não temos curas espirituais com cortes, orações milagrosas para resolver problemas sentimentais, financeiros, etc.

    2)Vou realçar essa observação do Raul Teixeira.
    Nós espíritas pensamos o seguinte: ESPÍRITOS QUE PEDEM CHARUTO, BEBIDAS ALCOÓLICAS, COMIDA, SANGUE DE UM IRMÃO INFERIOR (ANIMAL) OU MESMO HUMANO, QUE PARTICIPAM DE TRABALHOS DE VINGANÇA OU OUTRA MALDADE QUALQUER, PRECISAM DE ESCLARECIMENTO CRISTÃO. ELES AINDA ESTÃO APEGADOS À COISAS MATERIAIS E SENTIMENTOS INFERIORES.

    Nessas observações do Raul Teixeira, vemos que somente espíritos materializados apegados as sensações matérias é que pedem essas coisas como, bebida, cigarros, charutos, despachos e sacrifícios de pobres animais.
    Os espíritos de luz não necessitam de coisas matérias.
    Isso é lógico e racional basta estudar o Espiritismo para ver essa Verdade.

    Wilson Moreno na busca da Verdade.

  • Vou pegar esse trecho do texto do Jorge Hessen.

    GARANTE TAL LITERATURA QUE “AS PRETAS E PRETOS VELHOS, CABOCLOS E CORRELATOS, SÃO ENTRONIZADOS COMO MENTORES DE INSTITUIÇÕES ESPÍRITAS.” ÓBVIO QUE AS TRADIÇÕES DAS PRÁTICAS MEDIÚNICAS AFRICANAS E AMERÍNDIAS NÃO PADECEM DE DISCRIMINAÇÃO ENTRE OS ESPÍRITAS ESTUDIOSOS, NEM AVALIAMOS OS ESPÍRITOS DE ÍNDIOS E NEGROS, DE TODO, INVOLUÍDOS, TODAVIA, IGNORANTES. SIM! PORQUE SE FOSSEM MAIS CONSCIENTES OU SE NÃO FOSSEM IGNORANTES, NÃO ALGEMARIAM A MENTE EM ATAVISMOS EXÓTICOS DE PERSONAGENS DO PRETÉRITO. ESTAMOS DIANTE DE DELÍRIO E DE EXTREMA FASCINAÇÃO NO MOVIMENTO ESPÍRITA DOUTRINÁRIO.

    Colocações perfeitas do Jorge Hassen
    Vou deixar essa observação importante de Chico Xavier.

    UMBANDA, OS ESPÍRITOS DE LUZ PRECISAM DE VELAS, CHARUTOS E CACHAÇA???

    1)Respostas sobre UMBANDA e CANDOMBLÉ dadas pelo médium mineiro CHICO XAVIER no programa Pinga Fogo de 1971
    UMBANDA
    Pergunta: Quem são os “pretos-velhos”, “exus” e “pombas-giras” que incorporam na Umbanda? Se são espíritos de luz, por que há necessidade de cigarro, cachaça e sons barulhentos?
    Resposta: PARA ESPÍRITOS DE LUZ, OU SEJA, ESPÍRITOS SUPERIORES E PUROS, NÃO EXISTEM NECESSIDADES MATERIAIS. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações terrenas e por isso usam os médiuns para absorvelas; quando não têm, fazem-no através dos despachos. São, na classificação da Doutrina Espírita, chamados de espíritos mais simples. É claro que existem aqueles outros que, mesmo tendo condição moral mais elevada, manifestam-se nos terreiros de Umbanda, guardando os procedimentos ali adotados.

    CANDOMBLÉ
    Pergunta: Qual a diferença entre as entidades de luz da Doutrina Kardecista e os orixás do Candomblé, que são reverenciados em seus templos com bons pratos, roupas tradicionais e músicas? Isso não seria prendê-los ao materialismo?
    Resposta: Primeiro; devemos esclarecer que a Doutrina não é Kardecista e sim dos Espíritos. Allan Kardec foi o codificador dessa Doutrina, ou seja, através de método científico, reuniu e compilou, com a ajuda de vários médiuns, as informações que hoje conhecemos editadas nos livros básicos da Doutrina Espírita.
    Quanto à diferença entre “entidades de luz”, ou seja, espíritos de luz e os orixás do Candomblé; esta reside no fato de QUE OS ESPÍRITOS DE LUZ ENCONTRAM-SE EM ELEVADA CONDIÇÃO DE EVOLUÇÃO MORAL, ESTANDO, PORTANTO, LIVRES DAS SENSAÇÕES MATERIAIS.
    SEM DÚVIDA QUE AS OFERENDAS QUE RECEBEM OS “ORIXÁS” OS PRENDEM À MATÉRIA.
    Da Obra “Plantão De Respostas “ – Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.

    Emmanuel é bem claro, somente espíritos apegados as sensações matérias é que pedem cigarros, charutos, cachaça e despachos, ou seja, espíritos atrasados.
    Perguntamos.
    Emmanuel esta certo ou errado nessa questão??????

    Os Espíritos de Luz ou os Espíritos Superiores e Elevados não possuem necessidades matérias, eles estão moralmente depurados.
    Os Espíritos de Luz possuem sempre uma Linguagem pura, digna, elevada, nobre, lógica e sublime de moralidade e seus ensinamentos visam sempre a melhoria Moral e espiritual das pessoas.
    Os Espíritos Elevados são Virtuosos em seus ensinamentos.
    Eles pregam o Bem, a caridade, o amor, a elevação moral, a disciplina, a ordem, as virtudes.
    Os espíritos inferiores, perturbadores e obsessores possuem sempre uma Linguagem moralmente pesada, grosseira, ímpia, agressiva, maliciosa, sem lógica e sem elevação moral.
    E suas mensagens só tratam de assuntos matérias vulgares.
    Os Espiritos de Luz jamais vão pedir coisas matérias, como velas, despachos, cachaça, charutos, farofa e sacrifícios de animais.
    Somente espíritos apegados a matéria e aos vícios terrenos é que pedem tais absurdos.

    2) Emmanuel é bem claro nessa questão ele diz.

    PARA ESPÍRITOS DE LUZ, OU SEJA, ESPÍRITOS SUPERIORES E PUROS, NÃO EXISTEM NECESSIDADES MATERIAIS. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações terrenas e por isso usam os médiuns para absorvelas; quando não têm, fazem-no através dos despachos.

    Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam GRANDES NECESSIDADES TERRENAS E POR ISSO USAM OS MÉDIUNS PARA ABSORVELAS, QUANDO NÃO TEM, FAZEM-NO ATRAVÉS DOS DESPACHOS.
    Isso mostra que os espíritos que atuam nos terreiros são espíritos apegados as sensações terrenas e POR ISSO USAM OS MÉDIUNS PARA ABSORVELAS.
    Os médiuns que usam cigarros, charutos e cachaça são vampirizados por espíritos inferiores do plano astral.
    Como disse Emmanuel, PARA ESPÍRITOS DE LUZ, OU SEJA, ESPÍRITOS SUPERIORES E PUROS, NÃO EXISTEM NECESSIDADES MATERIAIS.

    Perguntamos Emmanuel esta errado nessa questão?????
    Qual a sua resposta???

    Emmanuel fala que as oferendas que fazem aos orixás ( espíritos desencarnados) os prendem a matéria.
    OS ESPÍRITOS DE LUZ ENCONTRAM-SE EM ELEVADA CONDIÇÃO DE EVOLUÇÃO MORAL, ESTANDO, PORTANTO, LIVRES DAS SENSAÇÕES MATERIAIS.
    SEM DÚVIDA QUE AS OFERENDAS QUE RECEBEM OS “ORIXÁS” OS PRENDEM À MATÉRIA.

  • Isso é verdade.Quero fazer um comentário ao trecho em negrito do texto. Um espírito superior, verdadeiro trabalhador de Cristo, não perde tempo publicando livro em vão. Um médium pode muito bem ser um pseudo-médium, como foi dito (ou enganador ou obsedado). Mas uma coisa é certa: se um livro for escrito ditado por um espírito superior, com certeza haverá necessidade de ser publicado, haverá relevância e a espiritualidade do bem abrirá caminho para que o livro seja utilizado da maneira correta e nos locais corretos. É para isso que serve centro espírita. Caso seja publicado um livro inútil, com certeza os mentores vão orientar o centro espírita a não perder tempo lendo tal livro e vão dizer qual livro deve ser lido. Você acham que mentor de centro espírita é somente uma figura? Mentor trabalha o tempo todo e tem uma visão muito mais ampla do que todos os encarnados juntos (que estão no âmbito do centro espírita). Se querem um conselho eu dou: Leiam as obras básicas (de Kardec). Se quer outro conselho para não se perder tempo lendo livros desnecessários, leiam somente os livros indicados no centro espírita a que se pertence, pois lá os mentores se manifestam para orientar.

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