O Big Brother Brasil e Chico Xavier
Wellington Balbo – Bauru – SP
Um amigo desaprovou a Rede Globo exibir a minissérie Chico Xavier depois do programa Big Brother Brasil. Seu desagrado foi menos pelo horário, depois das 23 horas, e mais por considerar que Chico e o BBB não se combinam e deveriam, portanto, estar bem longe um do outro. Em sua visão o BBB macula a imagem do Chico. Exagero da parte dele. Imagine que um programa de televisão maculará alguém que viveu por décadas de forma irrepreensível. Pura fantasia!
A minha visão é diferente e discordei do amigo. Chico Xavier e BBB, um ao lado do outro, oferecem vasto material para reflexão porque são dois universos díspares. E ante as diferenças torna-se quase impossível não fazermos as devidas comparações. Eu, por exemplo, percebi que:
* Os brothers engalfinham-se pelos milhões. Chico doou os milhões arrecadados com as obras que passaram pelas suas mãos.
* Os brothers forçam a barra por fama e holofotes. Os holofotes é que forçavam a barra para ter Chico.
* Os brothers desrespeitam-se mutuamente e elegem o clima de intensa competição. Chico respeitava a tudo e todos e sempre trabalhou na base da cooperação.
Os exemplos legados por Chico ao longo de sua existência e retratados palidamente na atração global contrastam com o BBB por que oferecem uma visão mais abrangente do sucesso.
Enquanto os brothers focam o sucesso material representado nas figuras da fama e do dinheiro, Chico proporciona com sua vida um olhar mais profundo pertinente ao tema.
Sucesso material é bom e, diga-se de passagem, ele pode andar ao lado do sucesso moral. Há inúmeros casos de gente rica e famosa que se mantém fiel aos seus nobres ideais, são dignas e íntegras. Todavia não podemos esquecer que o sucesso moral é o principal pela razão de não se perder com o término dos 15 minutos de fama.
A fama acaba, já os valores advindos do sucesso moral são imperecíveis. Ninguém deixa de ser honesto e caridoso.
A você telespectador que não perde por nada o BBB, fique um pouco mais em frente à televisão, engane o sono e assista também a minissérie sobre a vida de.
Concordo com a visão do Balbo.
Mas seria muito mais produtivo em termos de DIVULGAÇÂO do Espiritismo se os horários fossem invertidos, ou seja primeiro a minisérie do Chico.
Fantástica a sua visão….nós, que tanto amamos Chico não devemos nos deixar levar por estes “atropelos” e se possível, aplicar os seus ensinamentos no nosso cotidiano.
Abraços.