Sexta-feira 13
Por Luiz Carlos D. Formiga
“Se, com efeito, afora as manifestações espíritas lançardes os olhos.
Sobre os acontecimentos contemporâneos, reconhecereis, sem hesitação, os sinais precursores, que vos provarão, de maneira irrefragável, erem chegados os tempos preditos”.
(O Livro dos Médiuns, XXX-II).
O impedimento é uma das regras do futebol mais subjetivas e mal compreendidas. Gera controvérsias por causa das interpretações. Alguns já disseram que é regra fácil de compreender. Na Constituição da República Federativa do Brasil encontramos o impedimento, que também necessita ser interpretado por juristas. A culpa é caracterizada pelo achado de omissão, imprudência, negligência ou imperícia.
No dicionário, imprudência, em termos jurídicos é a inobservância das precauções necessárias. É uma das causas de imputação de culpa previstas na lei. Negligência é falta de atenção, inobservância e descuido no agir. Já a imperícia é falta de habilidade ou experiência reputada necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes. (1)
Um autor diz que na imprensa não adianta especular, pois é preciso se basear em fatos. No caso do possível impeachment de Dilma Rousseff, já houve 12 pedidos à Câmara. Foram arquivados. Nenhum deles tinha sustentação jurídica e factual. Recentemente, Ives Gandra Martins, considerado um dos maiores juristas brasileiros, divulgou semana passada um parecer apoiando a possibilidade de impeachment de Dilma, por simples culpa, sem intenção de delinquir.
Ives Gandra Martins constatou que a culpa é hipótese de improbidade administrativa a que se refere a Constituição no artigo 85, inciso 5º, dedicado ao impeachment. À luz desse raciocínio, exclusivamente jurídico, concluiu que, independentemente da apuração final dos desvios, que ainda está sendo realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, já existe fundamentação jurídica para o pedido de impeachment por simples culpa (omissão, imperícia, negligência e imprudência), sem que tivesse havido dolo (intenção).
A tese já ganhou apoio de outros dois importantes juristas – o constitucionalista Modesto Carvalhosa, da USP, e Adilson Dallari, da PUC-SP. Em Brasília não se fala em outra coisa. (2)
Erros no laboratório de diagnóstico microbiológico podem dar origem a ações judiciais? É possível discutir a omissão; prudência; diligência e perícia na prevenção dessas demandas? (3)
Podemos errar no laboratório clínico mesmo coberto de boas intenções. Daí a importância dos Centros de Referência. Precisamos refletir que o sofrimento maior recai sobre o paciente e seus familiares. O luto é muito difícil de aceitar, mesmo quando somos espiritualizados. (4)
Um presidente, mesmo que aparentemente esteja coberto de boas intenções, pode escutar o apito do juiz, estando em posição de impedimento? O que vem a ser a improbidade administrativa referida na Constituição? Um presidente deve possuir credibilidade e competência?
Credibilidade é fundamental em qualquer lugar, assim como a competência. No Espiritismo, alguns médiuns iniciam bem, ganham credibilidade, mas depois são apanhados pelo orgulho e pela vaidade. Na realidade não eram assim tão competentes. Em mediunidade existe o fator complicador que é a obsessão. A pessoa perde o senso de equilíbrio. A entidade subjuga-a, imprime-lhe a sua vontade e passa a exercer nela um predomínio quase total. O médium se torna prepotente, passa a usar “sandálias douradas” e até diz que em mediunidade também é Doutor. Torna-se negligente, não mais se esforça por dominar suas inclinações menos éticas. (5)
Um presidente pode passar por isso? Existe obsessão de espírito encarnado sobre outro também encarnado? Um presidente pode ser subjugado por um presidente anterior?
“De par com Espíritos bons que desejam o vosso bem, há igualmente os Espíritos imperfeitos, que desejam o vosso mal.” ( 6 )
Cuidado na sexta-feira. Vai ser difícil limpar a barra do número 13, depois de tanta corrupção.
Na sexta-feira 13, véspera do carnaval de 2015, poderemos nos sentir culpados por omissão, negligência, imprudência ou imperícia, na orientação dos que estão sob nossa responsabilidade?
Dizem que a Playboy é a culpada pelos os homens procurarem a fêmea perfeita e a Disney pela procura do macho ideal, feita pela mulher. Sabemos que, em ambos os casos, perfeição não é obra do acaso e que muitas reencarnações são necessárias para essa conquista. Quanto mais evoluírem, menos seres objetos e menos “prazer na dor” do outro serão encontrados.
Esta sexta-feira 13, fevereiro de 2015, não será igual a nenhuma das sextas dos carnavais passados. Sabemos que a depressão aumenta nos feriados e datas festivas. Imagine depois do filme “50 tons de cinza”. Quantas ações e reações poderão ser encontradas no sábado após a euforia psicoquímica?
A depressão está aí. Já nos encontramos num período de desalento e de desencanto. Atravessamos período grave de seca, temos recorde negativo na economia e estamos diante de milhões de reais gastos com camisinhas, para proteger o divino instinto.
O filme é indicado para maiores de 18 anos. Será que nós, os adultos responsáveis, poderemos nos sentir culpados por omissão, imprudência, negligência ou imperícia, como aqueles governantes traidores da esperança, que sempre querem nos impor períodos de recessão?
A sexualidade é cercada de mistérios e quando refletimos sobre ela sempre surgem mil perguntas. Em que idade estamos em melhores condições para chegar ao nível de compreensão? A aplicação prática é sempre complicada, quando contraímos doenças . Seria o sadomasoquismo uma lepra da sexualidade? (7)
Manuel bandeira não vai me perdoar, mas o carnaval e jovens que conheci e morreram de AIDS me lembraram sua poesia. Quando penso no dia 13 surge desalento e desencanto. (8)
O divino instinto pode estar ligado à solidão, psicose? (9) Pode ser disciplinado? Sadomasoquismo tem cura? Jovens que serão contaminados pelo HIV, Hepatite, conhecerão o desalento e desencanto. Será que não temos motivo nenhum de pranto?
Na sexta-feira 13, fevereiro de 2015 Dakota Johnson assumirá compromissos com a Lei de Causa e Efeito. A mocinha, do filme “50 Tons de cinza”, (10) diz que não quer que a sua família veja o filme. Qual a causa? Em que efeito estará pensando?
A médica Marlene Nobre discute a Lei de Causa e Efeito e comenta que a nossa passagem pela Terra é extremamente útil como aprendizado espiritual. Existe a dor evolução e a dor expiação ou dor da prova, conforme André Luiz explica no livroAção e Reação. Os animais sofrem, como nós, porque eles também passam pela dor evolução. Já a outra espécie de dor é criação nossa. O sofrimento é produto da nossa necessidade de evolução, mas o que criamos para nós mesmos é às vezes superlativo e nada tem a ver com a criação divina. (11)
Que bom que a Lei de Causa e Efeito é educativa e não punitiva. Uma pessoa pode entrar num atalho, cometer um erro e depois reconhecer o engano, lutar contra a má tendência e retomar o caminho, do qual não deveria ter se distanciado. No entanto, deverá aprender a perdoar amigos e preconceitos, com os dedos apontados, ainda fixados no momento anterior. (12)
Leitura eventual
(6) Livro dos Médiuns, capítulo XXXI, item IV.
Este artigo, também, está disponível para a leitura no endereço abaixo:
http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/02/sexta-feira-13.html
Excelente.Esclarecedor.
Compreendemos porque Jesus chamou a Doutrina Espírita de Consolador. Porque esclarece nossas dúvidas, responde aos nossos questionamentos mais íntimos e nos ajuda a evoluir mais rápido e serenamente. A lei de causa e efeito não é castigo Divino. É consequência das nossas escolhas, das nossas experiências bem ou mal vivenciadas. Sempre com Jesus “A cada um segundo às suas obras.”
Bom primeiro algumas perguntas: O sadomasoquismo é mesmo uma lepra da sexualidade ou apenas um desvio moral do espirito, ligado a reencarnações barbáricas? Segundo como impedimos que outro espirito nos torne apenas marionete afim de realizar seus desejo? Como fazemos para perceber quando não estamos agindo por nós mesmo? Como diferencia-se a lei de causa e efeito em relação ao sofrimento que o próprio espirito pode impor a si mesmo?
Um Artigo muito bom, que nos faz refletir e analisar cada ponto da caminhada até aqui e se auto perguntar onde temos de verdade culpa nos nosso erros e a na nossa colheita ou ainda onde agimos por influencia de tal espirito. Nos faz repensar até que ponto podemos culpar a espiritualidade por nossas falhas e desvio da moral. Nos faz ver quantas vezes nos comportamos como a Dilma em toda a existência ou até mesmo como quantas vezes cobertos de boa intenção cometemos erros, alguns percebíveis e outros que de aparência tão certa, não percebemos de maneira nenhuma, até o momento que colhemos as suas consequências.