24 mar
2010

UM HOMEM CHAMADO AMOR

Sidney Francez Fernandes

“Além da aura de paz e pacificação que parte dele, há um outro elemento poderoso, a explicar o fascínio e a durabilidade da impressionante figura de comunicação de Chico Xavier: a grande serenidade pessoal do médium, a dedicação integral de sua vida aos que sofrem e o desinteresse material absoluto. A canalização de todo o dinheiro levantado em direitos autorais para as variadíssimas atividades assistenciais espíritas dá a Chico Xavier uma autoridade moral (…) que o coloca entre os grandes líderes religiosos do nosso tempo”.

Artur da Távola, ex-Senador da República, em sua crônica de 26/05/1980, no jornal O Globo

Prêmio Nobel da Paz
Augusto César Vanucci, nascido em Uberaba, era amigo pessoal de Chico Xavier. E o conhecia muito bem. Sabia da sua humildade e da sua aversão a homenagens pessoais. Na década de oitenta, inventou para o Chico a história de que iriam fazer uma homenagem para Divaldo Pereira Franco, o grande médium e orador baiano. E Chico precisava ir ao Teatro Globo, no Rio, para gravar um depoimento. Chico Xavier compareceu na hora e local combinados. Mas, para sua surpresa, iria participar de um programa dedicado a si mesmo: “Um Homem Chamado Amor”. Era o lançamento da sua campanha para o Prêmio Nobel da Paz.

A cada livro ou revista, comentário biográfico, reportagem, filme ou programa de TV sobre Chico Xavier, cresce na consciência coletiva brasileira a constatação de que recebemos a visita de um missionário.
A surpresa do estilo, a fidelidade poética, a identificação comprovada dos comunicantes, a lógica irretorquível de suas obras. E a memória? Os nomes? As identificações?

Memória

Uma ocasião estive em Uberaba acompanhando caravana do movimento espírita de Bauru. Chico, não obstante o cansaço e o trabalho até altas horas, mantinha-se sempre humilde, sereno e atencioso. Em dado momento, no meio do burburinho provocado pela multidão que o procurava, Chico olhou para mim e perguntou: “Como está o Adhemar Previdello de Bauru?” Emocionado e pego de surpresa, respondi balbuciando alguma coisa ininteligível. Chico, provavelmente com as suas lembranças motivadas pela minha semelhança física com a família Previdello, lembrou-se do Adhemar, na época um dos grandes líderes do movimento da mocidade espírita de Bauru. Isso, no meio de um sem-número de pessoas que o pressionavam, em busca de um autógrafo ou de uma palavra amiga.

Assistência Espiritual
E para aqueles que procuravam enganá-lo? Uma ocasião foi procurado pela famosa dupla de repórteres David Nasser e Jean Manzon. Achando que não conseguiriam realizar a entrevista com Chico, fizeram-se se passar por dois norte-americanos. De posse do material, satisfeitos, já no Rio de Janeiro, David Nasser comentou com a esposa: “Ontem iludimos o Chico”. E contou como havia abordado o grande médium. “Iludiram coisa nenhuma – respondeu a esposa – Olhe aqui a dedicatória do livro que você recebeu: AO MEU CARO DAVID NASSER, COM O ABRAÇO DO CHICO XAVIER.”
Pinga-Fogo
Em janeiro de 1972 o Brasil estremeceu com o Pinga-Fogo realizada pela TV Tupi. Espíritas e Não Espíritas passaram a conhecer, a se emocionar, a aprender e a amar Chico Xavier. Durante quatro horas o médium respondeu a centenas de perguntas de telespectadores e organizadores do programa. O programa prolongou-se até as três horas da madrugada e atingiu o maior índice de audiência da época.

Morrer com Educação

Dentre as inúmeras narrativas e revelações, uma delas ficou famosa. Chico viajava de avião de Uberaba para Belo Horizonte. Depois de Araxá, o avião entrou em uma região de forte turbulência. Com a intensa vibração da aeronave, os passageiros se apavoraram diante da possibilidade real de acidente. Inclusive Chico, que começou a gritar e a rezar: “Oh! Meu Deus, tende piedade de nós”. As crianças choravam. Os adultos gritavam. Quando a voz do Chico subiu de tom, viu Emmanuel entrar no avião. Aproximou-se dele e perguntou o porquê daquela cena. Chico respondeu: “Estamos em perigo, será que chegou a hora de eu morrer?” Emmanuel, sereno, respondeu: “Não posso saber se o Senhor resolveu determinar a sua desencarnação agora. Mas, se você julga que vai morrer, procure pelo menos morrer com educação, sem aumentar a aflição dos outros.”
Com a simplicidade que o caracterizava, em pleno pinga-fogo, Chico comentou, despretensiosamente: “Realmente não sei como é morrer com educação”. O Brasil inteiro riu e amou a narrativa de Chico Xavier.


2010

2010 será o Ano do Espiritismo no Brasil! Saibamos honrar a contribuição maravilhosa que Francisco Cândido Xavier deu e continua dando ao equilíbrio e à harmonia dos nossos espíritos, fazendo o melhor de nós pela nossa renovação e pela construção de um mundo melhor.






Sidney Francez Fernandes é empresário e orador espírita da cidade de Bauru-SP

2 Comentários

  • fico em grande admiraçao diante este homem chamado amor seu amor e seu carinho vivendo sempre atraves todos os seu admiradores e a todos os divulgadores pois chico sempre esta presente a todos nos parabens amigo por esta postage como sempre paz e luz e boa saude beijos em seu coraçao

  • Otimo blog

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