20 abr
2010

Corina Novelino

Nascida na cidade de Delfinópolis, estado de Minas Gerais, em 1912, e desencarnada em Sacramento, naquele mesmo Estado, em 1980. Ainda jovem ficou órfã de pai e mãe, passando a residir em Sacramento com um casal que lhe dispensou todo o amor e carinho.

Desde muito jovem revelou- se uma mulher caridosa e generosa, com grande desprendimento, disposta a dar tudo de si em favor dos seus semelhantes. Com apenas vinte anos de idade, foi convidada pela senhora Maria Modesto Cravo, para ajudá-la a administrar um Lar de Crianças, na cidade mineira de Uberaba. Indecisa sobre o convite procurou orientação do médium Francisco Cândido Xavier, então residente em Pedro Leopoldo. Recebeu das mãos do médium uma mensagem assinada pelo Espírito de Eurípedes Barsanulfo, na qual, entre outras coisas, ele dizia: “Corina, você é minha última esperança em Sacramento”.

Diante do imperativo da mensagem, aceitou o convite e fundou o Clube das Mãezinhas, onde mulheres caridosas se dispunham a fazer roupas para crianças necessitadas, as quais eram distribuídas semanalmente.

No inicio de 1950, planejou fundar um Lar para crianças abandonadas. Porém, sem recursos suficientes, organizou uma imensa rifa em Sacramento, adquiriu uma casa e ali inaugurou o “Lar de Eurípedes”.

Aplicava o seu ordenado na manutenção desta obra. Entretanto, o número de crianças aumentava e os recursos tomavam- se assim cada vez mais escassos. Animada de decisão firme, e contando com a ajuda do Alto, decidiu- se a edificar um novo “Lar de Eurípedes”. O povo de Sacramento e de regiões vizinhas cooperou no empreendimento e, dentro em pouco, surgia o novo prédio, onde foram amparadas mais de 100 crianças e onde ela passou a ser a “mãe Corina”. Devido à insuficiência de recursos para a sua manutenção, pois o estabelecimento era mantido quase completamente com o salário de Corina, houve apelos e o Lar foi reconhecido como órgão de utilidade pública, passando então de internato para semi- internato. Ali as crianças passam o dia, recebendo alimentação, vestuário e educação intelectual e religiosa.

Corina foi também escritora de livros como “Escuta, meu filho”, cuja renda foi revertida inteiramente à manutenção do Lar, e “Eurípedes, o homem e a missão”, dando início aos atos comemorativos do centenário de nascimento daquele grande nome do Espiritismo. Colaborou em todos os jornais da cidade, como a “Tribuna”, “Estado do Triângulo” e “Jornal de Sacramento”. Prestou colaboração em outros orgãos de divulgação do Espiritismo, como no “Anuário Espírita”, e em uma revista editada em Portugal.

A sua desencarnação representou grande perda para Sacramento, tanto quanto para aqueles que conviviam mais diretamente com ela.

Foram as seguintes as palavras do Presidente da Câmara Municipal de Sacramento, por ocasião do sepultamento: “Que o pavilhão de Sacramento cubra o seu ataúde numa demonstração de homenagem maior que o Poder Público presta aos seus grandes filhos.
Aqui a gratidão de todo um povo que reconheceu no seu labor humilde e silencioso a “Mãe Corina” de todos. Com o auxílio de suas mãos não foram poucas as vezes que testemunhamos o seu amor, no próprio esquecimento de si mesma, chamando para si a responsabilidade dessa enorme tarefa de promoção do próximo. Foi a Mãe Corina dos pobres, dos sofredores, dos órfãos, dos loucos, dos necessitados, dos abandonados, dos miseráveis… Mãe Corina de todos nós, nosso eterno e imorredouro Muito Obrigado”. 

Fonte: Folha Espírita 

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