3 maio
2011

A Parábola

Texto enviado pelo amigo e leitor Emerson de Bauru – SP

Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça.

Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele lhe falou:

– Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?

– Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma injustiça, não tem valor, Divaldo.

Tu és  quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o  efeito da mentira.
Porque, se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo?
Eu não já escrevi por tuas mãos:
“Não valorizes o mal”?

– Não tenho outro  conselho a dar-te.

– Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir.

– Então, ela falou:

– Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.

Imagem: Internet

– E contou-lhe a seguinte parábola:

Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque. Um dia, alguém por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida e se foi.

A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:

Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma  água preciosa!

E orou a Deus:

– Ajuda-me a dessedentar!

Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.

A fonte propôs:

– Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e  correr a céu aberto.

Veio então a chuva, ela transbordou e tomou-se um córrego.

Animais,  aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.

A fonte falou:

– Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao  mar!

E Deus fez chover abundantemente, informando:

Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o  delta e atingir o mar. Vai!

E o riacho tomou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva  do caminho, havia um toro de madeira.
O rio encontrou o seu primeiro impedimento.

Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o tronco de madeira cerceava-lhe os passos. Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.

Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras inamovíveis, cujo volume  ele não poderia remover. Ele parou, cresceu e as transpôs, até que chegou ao mar. Compreendeste?

Mais ou menos.

– Todos nós somos fontes de Deus – disse ela.

– E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te.

– Quiseste atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto. Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano. Estavas feliz.

– Agora, que surgem empecilhos, por que reclamas?

– Não te permitas queixas.

– Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina.

– Nunca mais lamentes a respeito de nada.

Parábola contada pelo espírito Joanna de Ângelis a Divaldo Franco.

 

10 Comentários

  • Emerson meu amigo, dizer o que dessa parábola além de muito obrigada.
    Um forte abraço
    Heloisa

  • Maravilhoso ensinamento para nos dar a possibilidade de ter uma REFLEXÂO consoladora e ser uma ferramenta de ação para administrarmos com sabedoria possiveis identicas situações.
    Muito BOM.
    Manuel de Macedo

  • adorei ter tido a oportunidade de estar em contato com visão espírita. espero poder merecer o atendimento fraterno, agora tão necessitado. abço. vera

  • Émerson,

    Gostei muito da “parábola”. Penso que nos ajuda e em muito na compreensão daquilo que se passa conosco frequentemente.Vamos em frente, que o tempo será sempre o nosso melhor amigo.

  • Muito linda essa parábola Bastante profunda e com muito conteúdo para refletirmos!!! Às vezes temos a tendência de nos queixarmos, lamentando-nos por demais. Lembremos dessa parábola todas as vezes que formos visitados pelas dificuldades da vida. Pensemos em Divaldo, em D. Joanna. Pensemos em Deus, em Jesus, Nossa Senhora, pensemos na Espiritualidade Maiorn no nosso Anjo da Guarda. Que Assim Seja!

  • Maravilhosa parábola Emerson, serviu para mim… obrigada.
    Um abraço de paz.

  • Querido Emerson que linda mensagem, uma lição de vida, uma lição de fé, obrigada por compartilhar, beijos Luconi

  • grande emcinamento hoje eu estava mesmo precisando ler essa maravilha

    obrigada

  • Mais uma grande lição de Meimei. E como ela mesmo disse,sejamos como o rio, contornemos sempre nossos osbstáculos e sigamos em frente a caminho de Jesus.
    Que possamos ter humildade e sermos merecedores da proteção divina. Amém. Abraço fraterno.

  • Essa mensagem que li veio numa faze muito difícil
    Gostei muito.
    Muito Obrigado.

Então, O que achou?