1 dez
2011

O Ethos colaborativo

Artigo de nosso amigo e leitor Marcus Braga.

Ethos, nas ciências sociais, é o conjunto de atos e ações que visam ao bem de uma comunidade. É a sua marca como grupo. Os grupos de que nós participamos – na casa espírita, no trabalho, na vida social – todos esses têm essa marca, esse símbolo dos valores que os distinguem.

Apesar da tecnologia, continuamos cada vez mais participando de grupos, alguns deles virtuais. E desse ambiente virtual vem a ideia colaborativa, ou “wiki”. A Wikipédia[1] é uma enciclopédia colaborativa, por exemplo, onde cada visitante pode acrescentar uma informação sobre um tema e torná-lo mais rico e aprofundado.

Quando falamos de atividades “Wiki”, ou seja, colaborativas, a identidade se dilui, não temos ali um trabalho personificado, com “a cara de fulano” ou a “cara de sicrano”. Temos um agregado de ideias e opiniões, imbricado na construção de um novo trabalho, de todos, onde ao final já não se atribuem autorias isoladas.

Então, o que chamamos de “Ethos colaborativo” no título desse breve artigo é quando um grupo, na construção de suas tarefas, preza a colaboração de todos. Na organização das atividades, todos têm voz e vez e podem opinar. As tarefas são construídas juntas, pensadas juntas, com pertencimento, confiança, e com divisão dos louros e das decepções.

Obviamente, no nosso estágio evolutivo, uma autogestão pura e simples, sem coordenadores, é para poucos grupos, mas isso não implica que a gestão dos grupos, e agora me reporto diretamente aos diversos grupos que realizam tarefas na casa espírita, não tenha a necessidade de valorizar a presença desse “Ethos colaborativo”.

Trabalho na casa é de todos, para todos e com todos – encarnados ou desencarnados. A sabedoria do Espírito André Luiz no Livro Sinal Verde nos lembra: “Nunca atribua unicamente a você o sucesso dessa ou daquela tarefa, compreendendo que em todo trabalho há que considerar o espírito de equipe”. Isso vale para o sucesso e para o fracasso, e também para as cobranças de dentro e de fora da equipe.

Jesus já dizia que ninguém quebra um feixe de varas. Precisamos de equipes fortes e colaborativas. Equipes que ajudem todos e que todos se ajudem. Precisamos nos trabalhos do espírito de “Ethos colaborativo”, pois as pessoas passam e o trabalho continua…

[1] http://pt.wikipedia.org/

O leitor encontra este artigo aqui > http://www.oconsolador.com.br/ano5/211/marcus_braga.html

1 Comentário

  • ESTOU PASSANDO POR UMA SITUAÇAO ASSIM, TRABALHO NUM ESCRITORIO JURIDICO HÁ MUITO TEMPO, E ENTROU UMA ADVOGADA QUE FAZ DE TUDO PARA EU SAIR E ELA FICAR, SE TRABALHASSEMOS EM EQUIPE DARIA MUITO CERTO E OLHA QUE ELA JÁ É ADVOGADA E EU AINDA NÃO, FORMAREI DAQUI HÁ SEIS MESES E MESMO ASSIM ELA ME QUER LONGE…COMO PODE?! O QUE EU FAÇO? ORO A TODO O MOMENTO, POIS SINTO NAUSEAS COM A PRESENÇA DELA, O AMBIENTE MUDA , FICA PESADO QUANDO ELA ESTÁ, É PESADO…

Então, O que achou?