15 jun
2010

Religião e Deus

Quantos são os caminhos para encontrar Deus? De quantas estradas é
feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus? Quais são os
caminhares que nos levam a Deus?

Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse
nos seus valores o entendimento de Deus.

As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas,
porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força
maior a comandar os desígnios do Universo.

Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se
insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a
gerar a vida, do macro ao microcosmo.

E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e
entender Deus.

Seja o deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o deus
concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda
o deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de
entender Deus.

E hoje, como entendemos Deus?

Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade
estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.

E é exatamente para isso que as religiões se estruturam: para nos
ajudar a redescobrir Deus, Suas Leis, Seus desígnios e para Ele nos
voltarmos.

Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um
meio. O meio que encontramos para entender Deus e tê-Lo na nossa
vida diária.

E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é
natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja
coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional,
seus valores e conceitos.

Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa,
esse ou aquele caminho para chegar a Deus.

Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de
respeito. Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é
válida.

Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em
nossa vida. Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não
é imprescindível.

Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm
uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de retidão de
caráter inquestionável.

E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só
preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do
seu mundo íntimo.

Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a
entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo,
essa é a melhor religião para nós.

Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o
que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer
vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar
como estamos construindo nossa relação com Deus.

O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que
adotamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em
nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos
que ele escolher para compreender Deus e trazê-Lo para dentro de si.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.05.2010.

1 Comentário

  • Achei o texto mto interessante, principalmente o trecho que diz: Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo,essa é a melhor religião para nós.

Então, O que achou?