5 ago
2009

O ESPIRITISMO NO BRASIL

A história do Espiritismo no Brasil é muito rica de fatos, personagens e realizações. Aqui faremos um breve resumo e para maiores informações, aconselhamos a leitura da REVISTA “O REFORMADOR”, edição de Abril de 2000, acessando o site da FEB.

Os primeiros experimentadores da mediunidade, no Brasil, saíram dos cultores da Homeopatia, com os médicos Bento Mure, francês, e João Vicente Martins, português, aqui chegados em 1840, que aplicavam passes em seus clientes e falavam em Deus, Cristo e Caridade, quando curavam.

José Bonifácio, o patriarca da Independência, cultor da homeopatia, é também um dos primeiros experimentadores do fenômeno espírita.

Em 1844, o Marquês de Maricá publicou um livro com os primeiros ensinamentos de fundo espírita divulgados no Brasil (Revista Reformador de 1994, p.207).

O grupo mais antigo que se constituiria no Rio de Janeiro, para cultivar o fenômeno espírita, foi o de Melo Morais, homeopata e historiador, por volta de 1853. (Revista Reformador, 1º. de maio de 1883).
Portanto, quando da publicação de “O Livro dos Espíritos”, já havia no Brasil meio favorável ao seu entendimento e divulgação.

Em 1863 o Espiritismo já era comentado com seriedade e o “Jornal do Comércio”, maior órgão da imprensa da Capital do Império, que publicava em 23 de setembro, artigo favorável à nova Doutrina.
Os primeiros centros espíritas, nos moldes preconizados por Kardec, surgem na Bahia (Grupo Familiar do Espiritismo), no Rio de Janeiro e em outros estados, a partir de 1865.

Ao grupo surgido em dois de agosto de 1873- Sociedade Grupo Confúcio, de curta existência, deve-se, no entanto, a primeira tradução das obras de Kardec, por Joaquim Carlos Travassos (Fortúnio); a primeira assistência gratuita homeopata; a primeira revelação do Espírito Guia do Brasil- o Anjo Ismael.

Em dois de janeiro de 1884 é fundada a FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. A iniciativa coube a Augusto Elias da Silva, que recebeu o apoio de Ewerton Quadros, Xavier Pinheiro, Fernandes Figueira, Silveira Pinto e outros. Interessante que, apesar de sua denominação-Federação- não contava a instituição com qualquer filiação de outras entidades. Evidente que seus objetivos projetavam-se no futuro, sendo seus fundadores os instrumentos de uma planificação maior da Espiritualidade.

O fato de maior significação nos anais do espiritismo foi, sem dúvida, a adesão do eminente político, médico e católico, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, que presidiu a Federação nos anos de 1888-89. A união dos espíritas, tão desejada por Bezerra de Menezes, via-se prejudicada pela divergência entre “místicos” e “científicos”.

Após a Proclamação da República em 1889, surge o novo Código Penal (1890) no qual o ESPIRITISMO era enquadrado como “transgressão à lei, em alguns de seus dispositivos dúbios”.

Finalmente, em 24 de fevereiro de 1891, a Constituição Republicana, constituiu o Estado leigo, sem os liames que o ligavam à Igreja Católica. Como conseqüência o Espiritismo e todas as religiões praticadas no Brasil, foram favorecidas.

Bezerra de Menezes assume a presidência da Federação Espírita Brasileira, é empossado em três de agosto de 1895.

Em 1897 é transferido para a FEB o direito autoral, para língua portuguesa, de todas as obras de Kardec, fato de suma importância para a difusão da Doutrina Espírita no Brasil.

Bezerra de Menezes falece no dia 11 de abril de 1900, após quatro anos e meio de intenso trabalho deixando a FEB consolidada.

O período de 1905 a 1930 é de grande expansão do Movimento Espírita.
A partir de 1939 e por etapas, a FEB começa a montagem de uma oficina gráfica própria para a edição das obras espíritas.

Francisco Cândido Xavier psicografa sua primeira obra, lançada pela FEB em 1932- “Parnaso de Além-Túmulo”.
Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos e uma plêiade de Espíritos de escol lançam-se a um trabalho de longo curso junto aos homens de esclarecimento e de fraternidade através do livro espírita.

PACTO ÁUREO
Divergências existentes, devido a personalismo, vaidades e interpretações infelizes da Doutrina, dificultava a expansão do movimento espírita. Surge a oportunidade de entendimento entre as diversas correntes, representadas por espíritas conscientes de seus deveres perante a Doutrina.

A ocasião para isso ocorreu em outubro de 1949, por ocasião da realização de um Congresso da Confederação Espírita Pan- Americana. Responsáveis por diversos segmentos do Movimento Espírita de diversos Estados brasileiros encontram-se na sede da FEB no Rio de Janeiro, no dia 5 de outubro de 1949. “Esse encontro ficou conhecido como a Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro e posteriormente denominado ‘PACTO ÁUREO”, por seus resultados e importância.

Fonte de pesquisa
Internet
http://www.febnet.org.br/site/

2 Comentários

  • Mais um texto primoroso e muito bem escolhido. Dá para imaginar o Espiritismo como uma transgressão penal? Obrigada mais uma vez.

  • Eu é que sempre devo agradecer, pois com sua participação é que tem me incentivado a dar continuidade e pesquisas nos escritos.

Então, O que achou?