8 jul
2010

Um pouco de História do Espiritismo

Elias Barbosa
Clínico Geral e Psiquiatra

De reunião particular a 2 de setembro de 1859, uma ata foi publicada na Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, outubro do mesmo ano, pág. 267 da Edição do IDE (Tomo II), 2ª edição, 1995 (Araras, SP), e 303-304 da EDICEL, São Paulo, 1964.
Depois dos registros iniciais, Allan Kardec faz a seguinte comunicação aos presentes:
“Carta do Sr. Det…, membro da Sociedade, na qual cita uma passagem notável, extraída da lista de Paris de Mercier, edição de 1788, 12º vol. e intitulada Spiritualistes. Essa passagem constata a existência, nessa época, de uma Sociedade formada em Paris, e tendo por objeto as comunicações com os Espíritos. Ele fornece, assim, uma nova prova de que o Espiritismo não é criação moderna, e que era aceito pelos homens mais recomendáveis. (Publicada adiante.)”
Com efeito, a partir da pág. 273, intitulada SOCIEDADE ESPÍRITA NO SÉCULO XVIII, assim dá início o Sr. Det… à sua transcrição, a qual terá continuidade no próximo artigo:
“Ao Senhor Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. / SENHOR PRESIDENTE,
Não é de 1853, época em que os Espíritos começaram a manifestar-se pelo movimento das mesas e pelas pancadas, que data a renovação das evocações. Na história do Espiritismo, que lemos em vossas obras, não fazeis menção de uma Sociedade como a nossa, cuja existência, para minha grande surpresa, me foi revelada por Mercier, em seu painel de Paris, edição de 1788, capítulo intitulado: Espiritualistas, 12º volume. Eis o que ele disse:
‘Por que a teologia, a filosofia e a história fazem menção de várias aparições de Espíritos, de gênios ou de demônios? A crença de uma parte da antiguidade era de que cada homem tinha dois Espíritos, um bom que o chamava à virtude, outro mau que o convidava para o mal.
‘Uma seita nova acredita no retorno dos Espíritos neste mundo. Ouvi várias pessoas que estavam realmente persuadidas de que existem meios para evocá-los. Estamos rodeados de um mundo que não percebemos. Ao nosso redor estão seres dos quais não fazemos ideias; dotados de uma natureza intelectual superior, eles nos veem. Nada de vazio no Universo: eis o que asseguram os adeptos da ciência nova.’”

Então, O que achou?