28 abr
2011

Al Rumi – Poeta Islâmico

Texto enviado pelo nosso amigo e leitor Emerson de Bauru – SP

Imagem: Emerson

 

Jalāl al-Dīn Rūmī  (Al Rumi)

Jalal al-Din Mohammad Ibn Mohammad Ibn Mohammad Ibn Husain Al Rumi nasceu em Balkh em 1207 (atual Afeganistão).

Seu pai Baha al-Din era um sábio religioso muito famoso, sob sua tutela, Al Rumi recebeu sua educação primaria  com Syed Burhan-al-Din.

Quando estava com a idade de aproximadamente 18 anos, sua família (depois de várias migrações) finalmente decidiu ficar em Konya ele estava com 25 anos de idade, Al Rumi foi enviado para a cidade de Aleppo para o ensino superior e mais tarde para a Damasco.

Al Rumi continuou com a sua educação até a idade de 40 anos, Al Rumi após a morte de seu pai sucedeu-o como professor na famosa Madrasah da cidade de Konya, por aproximadamente 24 anos.

Recebeu seu treinamento místico primeiro das mãos de Syed Burhan al-Din e mais tarde ele foi treinado por Shams al-Din Tabriz.

Tornou-se famoso por sua introspecção mística, seu conhecimento religioso e como um poeta, ensinava um número grande de pupilos em sua Madrasah e também fundou a famosa Ordem Maulvi em Tasawwuf. Morreu em 1273 em Konya, que subseqüentemente tornou-se um lugar sagrado para os dançarinos dervixes da Ordem Maulvi.

Sua contribuição mais importante está na filosofia Islâmica e Tasawwuf, foi um grande poeta, e ficou muito conhecido especialmente pelo seu famoso livro Mathnavi.

Este livro, é a maior exposição mística em verso, discute e oferece soluções a muitos problemas complicados em metafísica, religião, ética, misticismo, etc. Fundamentalmente, o Mathnavi destaca os vários aspectos do Sufismo e seu relacionamento com a vida mundana.

Para isto, Al Rumi tira numa variedade de assuntos e deriva numerosos exemplos da vida cotidiana. Seu assunto principal é o relacionamento entre homem e Deus, ele aparentemente acreditou no Panteísmo e retratou as várias etapas de evolução do homem na sua viagem em direção ao final.

À parte do Mathnavi, ele também escreveu seu Divã (coleção de poemas) e Fihi-Ma-Fih (uma coleção de ditos místicos). Entretanto, é o Mathnavi que em grande parte transmitiu a mensagem de Al Rumi. Logo depois de sua conclusão, outros sábios começaram seus comentários e detalharam o que escreveram dele, para interpretar suas propostas que eram ricas em Tasawwuf, Metafísica e Ética, vários comentários em línguas diferentes foram escritas desde então.

Seu impacto na filosofia, literatura, misticismo e cultura, foi tão profundo que por toda a Ásia Central e países Islâmicos quase todos os sábios religiosos, místicos, filósofos, sociólogos e outros, refletiram sobre seus versos durante muitos séculos.

Problemas dos mais difíceis nestas áreas pareciam ficar simplificados sobre a luz de suas referências. Sua mensagem  inspirou a maior parte dos intelectuais da Ásia Central.

www.islam.org.br/al_rumi.htm

“Fui mineral, morri e me tornei planta,

como planta morri e depois fui animal,

como animal morri e depois fui homem, porque teria eu medo?

Acaso fui rebaixado pela morte?

Vi dois mil homens que eu fui, mas nenhum era tão bom quanto sou hoje.

Morrerei ainda como homem, para elevar-me e estar entre os bem-aventurados anjos.

Entretanto, mesmo esse estado de anjo terei de deixar.”

Al Rumi – Poeta Islâmico  

6 Comentários

  • A leis de Deus são imutaveis…..

    Eis ai a lei da Evolução …… até que um dia não teremos mais um corpo de carne .

    Abraços a todos

  • Somos entidades ainda infinitamente humildes e imperfeitas para nos candidatarmos, de pronto, à condição dos anjos.
    Comparada à grandeza, inabordável para nós, de milhões de sóis que obedecem a leis soberanas e divinas, em pleno Universo, a nossa Terra, com
    todas as esferas de substância ultrafísica que a circundam, pode ser considerada qual laranja minúscula, perante o Himalaia, e nós outros, confrontados com a excelsitude dos Espíritos Superiores, que dominam na sabedoria e na santidade, não passamos, por enquanto, de bactérias, controladas pelo impulso da fome e pelo magnetismo do amor. Entretanto, guindados a singelas culminânciaS da inteligência, somos micróbios que sonham com o crescimento próprio para a eternidade.Libertacao – A.L/C.X

    • É tudo uma questão de consciência. Enquanto você se julgar inferior, inferior permanecerá. Nós somos o que acreditamos ser. Todos nós somos criaturas divinas. Fomos criados na mente de Deus, portanto, somos perfeitos, possuímos todos os atributos divinos. Conscientize-se dessa verdade e procure vivenciar isso. Assim, sua ascensão será mais rápida.

  • Que bom é o estudo da doutrina, quando deparamos com a lógica da Verdade. Independente da fonte, mas sempre a Verdade, dada por Deus à todos os povos (em idades “espirituais diferentes”)…

  • Estava pesquisando sobre alguns poemas de Rumi até que encontrei um e que englobava justamente a parte II do livro dos espíritos (que eu recentemente li) sobre os três reinos (mineral, vegetal e animal) e achei incrível a coincidência e a forma como Rumi descreve a vida de um espírito – com uma singeleza – que só um espírito superior poderia fazer. Rumi de fato é um anjo de Deus enviado para nos guiar.

  • Emerson, muito , muito obrigada pelas informações detalhadas. Sou uma fã de Rumi e não havia encontrado ainda um texto rico como este sobre o poeta e místico do sec XIII. A simplicidade e poesia como Rumi comenta assuntos profundos, toca o coração. E a mim , particularmente a idéia de que :

    ” A sua (nossa) tarefa não é buscar o amor, mas simplesmente buscar e achar todas as barreiras que construímos dentro de nós e que impedem o nosso amor de fluir” (Rumi).

    Ou seja , somos luz, filhos da luz… perfeitos na essência…a tarefa é essa, descobrirmos o que já somos.

    Muita paz…

    Lilia

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