O espírito de um drogado

Texto enviado pela amiga e leitora Liana Reis, desconehcemos a autoria ou a fonte do texto e se é verdadeiro ou não. Mas publicamos pela instrução e nossa reflexão.

– Poderíamos conversar com um Espírito que teve experiência com drogas?

Resposta: Cá estou, pois esta visita já estava na programação da casa para esta noite.

– Disseste que já estavas aqui ou vieste pela evocação?

Resposta: Já estava aqui, trazido pelos amigos espirituais responsáveis pelo trabalho.

– Poderias nos falar sobre tua experiência com as drogas?

Resposta: Perguntem e responderei dentro do possível e do que me for permitido.

– Vivestes muito tempo na Terra?

Resposta: Dezoito anos.

– Tão jovem e já tinhas envolvimento sério com a droga?

Resposta: Desde os quatorze anos.

– Moravas onde?

Resposta: Rio de Janeiro.

– Como foi teu envolvimento?

Resposta: Iniciei, na verdade, aos onze anos, com consumo de cigarros de maconha, no bairro onde morava, como brincadeira entre meus amigos.

– Onde conseguias a maconha?

Resposta: Nas mãos dos pequenos traficantes do bairro, nos vendedores de quinquilharias das calçadas. Era muito fácil.

– E seus pais? Sabiam dessa sua experiência?

Resposta: No início não sabiam. Quando tomaram conhecimento encararam como coisa normal dos tempos da adolescência moderna. Só mais tarde perceberam a gravidade da situação.

– Com quais tipos de drogas tiveste envolvimento?

Resposta: Com as piores. Aos quatorze anos entrei em contato com a cocaína e daí para para o crack foi um pulo.

– Foi o crack que o levou à morte?

Resposta: Não. Fui assassinado.

– Como foi?

Resposta: Em briga de rua, por ponto de venda da droga, pois tornei-me um traficante para sustentar meu vício.

Foto: Internet

 

– E a família?

Resposta: Depois de muitas tentativas de me retirar das ruas, deixaram-me jogado à própria sorte.

– Lamentas esta atitude deles?

Resposta: Não. Lamento minha cegueira. Eles nada podiam fazer por mim, além do que fizeram. Não tinhas os recursos necessários para dar-me o que necessitava.

– E do que necessitavas?

Resposta: Compreensão maior dos mecanismos da vida.

– Foi isso que o levou a procurar as drogas?

Resposta: No início não. Mas depois, em minha adolescência, quando já me envolvera com as drogas mais pesadas, fazia “viagens” incríveis pelo meu mundo íntimo e buscava uma paz interior que não encontrara em casa, nem nas ruas. Em minha falta de lucidez, achava que encontraria nas drogas e na condição mental que elas me favoreciam.

– Que condição?

Resposta: A total inconsciência dos meus atos, o mergulho em um mundo de ilusões e desespero, a entrega total aos devaneios insanos do desequilíbrio.

– Algumas vezes refletias sobre isso? Quiseste deixar as ruas?

Resposta: Muitas vezes, mas em nenhuma delas encontrei compreensão e condições favoráveis para livrar-me daquilo.

– Tiveste outras experiências?

Resposta: Em que sentido perguntam?

– Outras experiências que poderiam servir para o aprendizado de todos?

Resposta: Sim. Quando se entra no mundo das drogas perde-se a noção de limites. Tudo passa a ser permitido. Prostitui-me muitas vezes para conseguir dinheiro e isso talvez tenha sido muito pior que o próprio vício, pois injetar um veneno em suas veias não traz consequências morais tão graves quanto vender seu próprio corpo, por livre vontade, sabendo do ato imoral e insano que se está praticando. Claro, não estou dizendo que se drogar é melhor que se prostituir, mas que o vício às vezes é irresistível e foge às nossas frágeis forças de resistência física e espiritual, e que o outro ato, neste caso, é perfeitamente evitável se assim o quisermos.

– Como foi sua morte?

Resposta: Já falei que foi por motivo fútil. Um companheiro de infortúnio (que também já está deste lado), atirou em minha cabeça, em uma tola disputa de “ponto”. Ele mesmo se arrependeu logo em seguida, pois um dia tínhamos sido amigos inseparáveis. Mas a droga nos faz enfrentar uma lei que é desconhecida dos homens das leis comuns. É selvagem e destruidora. Para os drogados não existem barreiras que possam contê-los no momento em que dela necessita.

– Tua desencarnação foi dolorosa?

Resposta: Nada senti. Continuei vivo e não compreendia como as pessoas não me viam. Convivi com os “amigos” por um tempo para depois tomar consciência de minha condição de “morto”. E foi aí que sofri os horrores decorrentes da falta de responsabilidade com a vida.

– Foste amparado?

Resposta: Sim, depois de certo tempo, por familiares.

– E teus pais?

Resposta: Só tomaram conhecimento pelos jornais locais, que alardeiam a miséria e desgraça humanas.

– Que sentimento os animou?

Resposta: Depois eu soube que foi de grande alívio. E assim deveria ser mesmo, pois só trouxe a eles a desilusão e a dor.

– Tiveste uma infância agradável?

Resposta: Tive tudo o que quis. Meus menores desejos eram satisfeitos. Fui rico até a idade de 10 anos, quando houve um reviravolta na vida dos meus pais. Eles separaram-se e eu fui morar com meus avós. Depois aproximei-me mais de minha mãe, no início de meu martírio pelo mundo das drogas.

– E hoje? Visita-os?

Resposta: Não. Estou já bem recuperado, mas não tenho notícias deles. Acho que cuidam de suas vidas e rogo a Deus que cuidem bem, para que não sofram tanto, quando para cá vierem.

– Sofreste aí?

Resposta: Muito. Principalmente ao saber do desperdício que havia sido minha vida.

– Porquê? Tinhas outra programação de vida?

Resposta: Sim. Poderia permanecer até a sexta década de vida, com tarefa séria e edificante na área da saúde, oportunidade que me foi dada pelo Alto para redenção de meus débitos. Mas desperdicei no exercício do livre arbítrio, auxiliado pelas características familiares onde me encontrava. Sequer terminei o curso básico. A escola foi para mim um palco de minhas farras com outros colegas igualmente dementes.

– Então és um suicida?

Resposta: Sim, no sentido que se empresta a essa palavra, pois fui em parte o artífice de minha morte, mas não com a conotação e a gravidade de um suicida comum. Os drogados são vistos aqui de outra forma.

– De que forma? Vítimas?

Resposta: Sim, em parte, pois na verdade alguns são vítimas da degradação social pela qual passa a humanidade, sem deixar de considerar o livre arbítrio de cada um. A droga é a grande arma destruidora das esperanças dos jovens do mundo inteiro.

– Poderias explicar um pouco mais essa parte?

Resposta: Muitos lançam-se cedo no mundo dos vícios pela falta de base moral familiar, cujos pais não preparam. Cedo, entregam-se a atitudes inadequadas e não são devidamente orientados. A permissividade existente no mundo atual é mostra de que os pais não estão preparados para construir o homem do futuro. A droga, sendo uma das formas de escravizar o homem, na verdade é um resultado da ganância desenfreada do próprio homem que destrói seus próprios filhos e assim sucessivamente. Os grandes donos do esquema arrecadam montanhas de dinheiro que amanhã deixarão para seus filhos, netos e bisnetos, não percebendo que constroem o material e destroem o essencial. Essas próprias criaturas, para as quais constroem seus impérios, são vítimas e escravos de seu próprio veneno. Assim é na cidade onde vivi.

– Vives em colônia ou estás em hospital?

Resposta: Encontro-me em colônia próxima à Terra, de acordo com meu grau evolutivo.

– Existem colônias específicas para atender vítimas de vícios?

Resposta: Não tenho conhecimento disso, mas meu instrutor diz que aqui são atendidos todos os necessitados da alma, quaisquer que sejam os vícios. É uma colônia muito grande e onde se encontram muitos jovens. Naturalmente ainda estamos nessa condição pela nossa pouca compreensão. A forma física não importa, mas a maturidade de Espírito.

– Ainda podemos perguntar mais coisas?

Resposta: Necessito afastar-me por orientação do amigo que me dirige as ações e pensamentos neste trabalho. Deixo aqui minha gratidão pela oportunidade e que os bons Espíritos amparem todos os homens que um dia pensaram em envenenar-se por desconhecer as leis que regem a vida”.

– Um Espírito sofredor, agradecido

6 Comentários

  • ESTE E UM PROBLEMASERIO, EXCETUANDO-SE OS CAOS DE EXPIACAO, ESTES CAOS DEVEM SWSE RESOLVIDOS, NA BASE, OU SEJA, NO LAR. VEJA O QUE NOS ENSIAN EMANNUEL NO LIVRO O CONSOLADOR:
    108 – Onde a base mais elevada para os métodos de educação?
    – As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda a educação no sagrado instituto da família.
    109 – O período infantil é o mais importante para a tarefa educativa?
    – O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos.
    Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma
    integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornandose mais suscetível de renovar o caráter e a estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade,se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
    Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas.
    Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornamse mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material e,atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das
    criaturas, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a Luz interior dos sagrados princípios educativos.
    110 – Qual a melhor escola de preparação das almas reencarnadas, na Terra?
    – A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter.
    Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir,mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem.
    Na sua grandiosa tarefa de cristianização, essa é a profunda finalidade do Espiritismo evangélico, no sentido de iluminar a consciência da criatura, a fim de que o lar se refaça e novo ciclo de progresso espiritual se traduza, entre os homens,em lares cristãos, para a nova era da Humanidade.

  • quer dizer que sou culpada por meu filho esta neste mundo. das drogas.

  • SÓ SE SABE O QUE ACONTECE ENTRE 4 PAREDES QUEM ESTÁ DENTRO DELA, QUEM ESTÁ DE FORA DÁ MUITO PALPITE MAS NUNCA CONVIVEU COM UM DEPENDENTE DE DROGA , NÃO SABE A REALIDADE DO QUE ACONTECE.

    DIZEM QUE ÁRVORE DE BONS FRUTOS PRODUZ BONS FRUTOS, MAS, HÁ FUNGOS E PRAGAS QUE ESTRAGAM O FRUTO E SEM CONDIÇÃO, O PRODUTOR PERDE A SAFRA TODA QUE ELE SE DEDICOU E INVESTIU.

    FILHO DESOBEDIENTE NÃO HOUVE, NÃO ACEITA CONSELHOS, INFRENTA A MÃE…
    ACHO UM ABSURDO CULPAREM SEMPRE A FAMILIA PELO LIVRE ARBITRIO DO FILHO DESOBEDIENTE E SEUS RESQUICIOS DE REBELDIA E INGRATIDÃO DE VIDAS PASSADAS.

    VEJO PESSOAS COM FAMILIAS DESAJUSTADAS NA FAVELA QUE ESTUDARAM E QUISERAM MELHORAR DE VIDA….

    QUEM MAIS SOFRE É A FAMILIA ,,,A MÃE,

    • Concordo totalmente com você. Não acho que a família deva pagar e correr todos os riscos que envolvem a vida e sua segurança, por escolha feita de alguem da familia por usar drogas.
      As consequencias infelizmente, paga quem estiver perto. O uso de drogas envolve vida no crime e a familia não deve correr riscos de jeito nenhum. O que mais vemos são maes e irmaos sendo assassinados ou torturados por dividas de drogas de familiares..isso é inaceitavel.
      Usuarios de drogas não pensam em ninguem..são egoistas e são pessoas que querem tudo do jeito facil, não sabem lidar e não querem saber lidar com as dificuldades da vida. Cansei de ver usuarios que tiveram mil chances de tratamento e reabilitação, apoio e carinho..jogando na cara de seus familiares a falta de gratidao e reconhecimento. São pessoas que merecem sim estar nesa vida de lixo por todo mal que causam p as suas familias.

  • Boa noite li esse depoimento e acredito nele e neste jovem pois eu também sou dependente de drogas, tenho 24 anos e uso drogas desde os 13. Neste reveillon entrei no mar completamente drogado de 5 drogas diferentes que eu havia consumido durante a noite e me afoguei. Quase morri e meu relato é que antes de morrer eu me arrependi muito de ter entrado no mar, depois pensei muito na minha mae e minhavó

  • Logo em seguida vi um filme de toda minha vida muitorapido, apos isso eu estava todo molhado olhando para um portão dourado que estava fechado. Apos isso um salva vidas me tirou da agua e eu estou vivo por milagre de Deus. DEUS EXISTE E ME DEU UMA SEGUNDA CHANCE DE VIDA a partir de entao decidi ser uma pessoa melhor que Deus realmente existe e me deu mais uma oportunidade de vida e muitos jovens viciados que nem eu nao tiveram obrigado

Então, O que achou?