Suicídio – Falsa Solução

Com o título acima, encontramos um excelente livro da autoria de Alírio Cerqueira Filho, no qual há uma análise de outro clássico da literatura espírita intitulado “Memórias de um suicida”, narrativa do espírito de Camilo Castelo Branco e psicografado por Yvone A. Pereira.

Camilo Castelo Branco, literato português, ao ser acometido por uma cegueira irreversível, se suicida e passa longo tempo, até que se esgote seu fluido vital, no vale dos suicidas. Posteriormente, em condições já de espírito socorrido, obtém permissão da Espiritualidade Maior para, através dos mecanismos da mediunidade, contar sobre o intenso sofrimento que o acompanhou após o ato insano.

Logo no início da obra primeiramente mencionada, vamos encontrar dados estarrecedores, fornecidos pela Organização Mundial de Saúde, sobre a quantidade de suicídios que ocorrem no mundo, como também os motivos e as conseqüências funestas que deles decorrem.

A título de esclarecimento, para que tenhamos uma exata noção da gravidade da situação, diz essa organização que no ano de 2000, um milhão de pessoas cometeu suicídio; que o suicídio é responsável por quase a metade de todas as mortes violentas no mundo; a cada 30 segundos uma pessoa pratica-o; é 3ª causa de morte entre 15 e 35 anos, está entre as 10 causas de morte mais freqüentes em todas as idades; na maioria dos países da Europa, o número anual de suicídios supera o de vítimas de acidentes de trânsito e ainda, dentre outras que deixaremos de nomear, as estimativas realizadas indicam que em 2020 as vítimas poderiam ascender a 1,5 milhões de pessoas por ano. Estarrecedor, não?

Importante frisar que sobre essa estimativa, Kardec, em um artigo publicado na Revista Espírita de 1866, diz que os suicídios multiplicar-se-iam em proporção nunca vista, até entre crianças. O assunto foi ventilado dentro de uma análise feita a esse período de transição que já estamos enfrentando no nosso orbe, quando, além de variadas catástrofes, afetando a geografia do planeta, mudanças substancias no campo das idéias ocorreriam.

Dentre as variadas causas que levam ao suicídio, poderíamos mencionar os surtos psicóticos, esquizofrenias, depressão, doenças incuráveis como alguns tipos de câncer, AIDS e doenças degenerativas, tédio diante de uma concepção materialista da vida, pessoas que se matam para se unir a alguém querido já desencarnado, dentre outras.

 Qualquer que seja a causa, o importante é refletirmos que o suicídio é uma vã tentativa de buscar a morte, porque a morte não existe. Como dizemos de reiteradas vezes, abordando outros assuntos, como por exemplo, quando falamos da reencarnação, o suicídio é uma falsa solução, porque ele não vai matar a vida da pessoa. Ela não vai matar a vida em si mesma, vai matar apenas o corpo material e, o corpo espiritual, que nós espíritas chamamos de corpo perispiritual, juntamente com o Espírito imortal, permanecerão vivos na outra dimensão.

Para aqueles que continuam a desdenhar das revelações trazidas pela Doutrina dos Espíritos, passamos algumas informações de respeitáveis cientistas, como por exemplo, Dr. Ian Currie, sociólogo canadense, que, em seu livro “You cannot die” ou em tradução literal: “Você não pode morrer”, diz: “poucas pessoas sabem que a morte, o adversário mais antigo, misterioso e inexorável do homem, vem sendo sistematicamente estudada durante os últimos cem anos por cientistas que a pesquisaram em várias áreas. Menos ainda são os que têm conhecimento de que o resultado desse esforço é um grande número de descobertas fascinantes que levaram a quatro conclusões: os seres humanos sobrevivem à morte física; eles continuam existindo após a morte em diferentes níveis de consciência e criatividade, numa esfera que normalmente os seres encarnados não conseguem perceber; deixam periodicamente essas esferas para assumir um novo corpo e que as reencarnações sucessivas não ocorrem por acaso, mas obedecem a uma fascinante lei causal.

Por falta de espaço, deixo de mencionar outros importantes nomes do meio científico que não são espíritas, mas que chegaram às conclusões que a Doutrina Espírita já se reporta há mais de 150 anos.

[enviado por nossa amiga leitora e colaboradora Martha Triandafelides Capelotto – Divulgadora do Espiritismo]

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